tag:blogger.com,1999:blog-36938760607765279872024-02-20T01:23:50.913-08:00Habbeas Corpus"Deus fez tudo apropriado a seu tempo. Também pôs no coração do homem anseio pela eternidade; mesmo assim ele não consegue compreender inteiramente o que Deus fez." Eclesiastes 3:11Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.comBlogger39125tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-41440642121696165342018-03-15T07:46:00.002-07:002018-03-15T07:47:11.364-07:00Jornada Triunfal<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Dos poucos (33, aproximadamente) anos de vida de Jesus na Terra, cerca de 3 foram dedicados ao
seu ministério público. No entanto, a quarta parte daquilo que os evangelistas
registraram em seus relatos é dedicada a uma única semana – denominada “Semana
Santa”, a semana que compreende os eventos entre a entrada triunfal de Jesus em
Jerusalém no domingo anterior à Páscoa e o domingo de sua ressurreição. Se os
evangelistas dedicaram tanta atenção àquela semana, ela deve ser muito
importante, e devemos nós também dar uma atenção especial a ela.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">O evento
hoje em dia relembrado como “Entrada Triunfal”, bastante conhecido no meio
cristão, nos oferece fortes evidências do plano soberano de Deus para a
salvação da humanidade. Minha intenção aqui é “esticar” a história para além
deste evento pontual, e coloca-la sob perspectiva do plano abrangente de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">O relato de
João, no capítulo 12:12-19 diz o seguinte:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">No dia seguinte, ouvindo uma grande multidão,
que viera à festa, que Jesus vinha a Jerusalém,<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Tomaram ramos de palmeiras, e saíram-lhe ao
encontro, e clamavam: Hosana! Bendito o Rei de Israel que vem em nome do
Senhor.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">E achou Jesus um jumentinho, e assentou-se
sobre ele, como está escrito:<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Não temas, ó filha de Sião; eis que o teu Rei
vem assentado sobre o filho de uma jumenta.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Os seus discípulos, porém, não entenderam isto
no princípio; mas, quando Jesus foi glorificado, então se lembraram de que isto
estava escrito dele, e que isto lhe fizeram.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">A multidão, pois, que estava com ele quando
Lázaro foi chamado da sepultura, testificava que ele o ressuscitara dentre os
mortos.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Por isso a multidão lhe saiu ao encontro,
porque tinham ouvido que ele fizera este sinal.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Disseram, pois, os fariseus entre si: Vedes que
nada aproveitais? Eis que toda a gente vai após ele.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Para aqueles
que cresceram em um ambiente cristão, ou que participam de alguma igreja há
algum tempo, essa história não é novidade. A final de contas, é o registro
daquilo que aconteceu a Jesus na semana anterior à Páscoa. Mas essa jornada na
verdade iniciou muito antes da entrada de Cristo em Jerusalém.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Eu gostaria de compartilhar alguns detalhes
que frequentemente nos fogem a essa perspectiva, mas que podem nos dar um
entendimento mais aprofundado em várias outras histórias do ministério do
Senhor. Para isso, vamos considerar três pontos relativos a esse evento de
grande importância. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> <b>1.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; line-height: normal;"> </span></b></span><!--[endif]--><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><b>Jesus completou a missão que Deus preparou
para ele</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">A história
de Jesus entrando em Jerusalém inicia muito antes desse evento, uma vez que a
última viagem de Jesus à cidade iniciou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">meses</i>
antes do seu ingresso na mesma. O próprio Jesus falou de uma ocasião específica
em que ele <i style="mso-bidi-font-style: normal;">deveria</i> estar em
Jerusalém. João menciona outras vezes em que o Senhor esteve em Jerusalém para
festividades judaicas (é com base nesses dados que se estima a duração de 3
anos do seu ministério), mas esta ocasião traria um significado especial e
teria um papel fundamental no plano eterno de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">A primeira
vez que Jesus falou da necessidade de ir à cidade foi logo após a confissão de
Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Mateus (16:21) chega a relatar
que “Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe
era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos e dos
escribas, e ser morto e ressuscitado no terceiro dia”. Certamente não é
coincidência o fato de que a identidade e a missão de Jesus foram reveladas ao
mesmo tempo. É como se ele estivesse dizendo: “Beleza, agora que vocês sabem
quem eu sou, eu vou contar o que eu <i style="mso-bidi-font-style: normal;">realmente</i>
vim fazer”. Sua identidade como Cristo, o Filho do Deus vivo, é inseparável da sua
missão e propósito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">A primeira
revelação, relativa à necessidade de sofrer em Jerusalém, foi dura aos ouvidos
dos discípulos, e eles resistiram. Pedro, que há pouco havia confessado Jesus
como Cristo, repreendeu Jesus dizendo “isso <i style="mso-bidi-font-style: normal;">nunca</i>
acontecerá a ti”, e o Senhor lhe corrigiu dizendo que a sua mente estava fixada
“nas coisas dos homens, não nas de Deus”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">A segunda
vez que Jesus falou sobre sua morte foi logo após a transfiguração. Nessa
ocasião, seis dias após a confissão de Pedro, Jesus levou o próprio Pedro,
Tiago e João, e subiu uma montanha com eles. Lá, sua glória foi manifestada a
eles, na transfiguração de Cristo, em que sua face resplandeceu como o Sol e
suas roupas se tornaram brancas. Ali, Moisés e Elias, a Lei e os Profetas,
testificaram do Cristo e falaram com Jesus acerca das coisas que estavam para
acontecer. E, mais uma vez, temos a correlação entre a identidade revelada de
Jesus e sua missão. Embora nenhum dos evangelistas tenha mencionado Jerusalém
explicitamente, o relato de Lucas inclui a afirmação de Moisés e Elias, que “falavam
sobre a partida (no grego, <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Exodus</i>),
que estava para se cumprir em Jerusalém” (9:31). Nesse momento, após receber
instrução, que Jesus iniciou sua jornada a Jerusalém, também reforçada por
Lucas: “Aproximando-se o tempo em que seria levado aos céus, Jesus partiu
resolutamente em direção a Jerusalém” (9:51). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">A terceira
vez que Jesus mencionou sua missão em Jerusalém é relatada de forma
impressionante por Marcos (10:32-34):<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">E iam no caminho, subindo para Jerusalém; e
Jesus ia adiante deles. E eles maravilhavam-se, e seguiam-no atemorizados. E,
tornando a tomar consigo os doze, começou a dizer-lhes as coisas que lhe deviam
sobrevir, dizendo: Eis que nós subimos a Jerusalém, e o Filho do homem será
entregue aos príncipes dos sacerdotes, e aos escribas, e o condenarão à morte,
e o entregarão aos gentios. E o escarnecerão, e açoitarão, e cuspirão nele, e o
matarão; e, ao terceiro dia, ressuscitará.</span></i><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Neste ponto
Jesus já estava a caminho, em um ritmo lento, de Jerusalém. E à medida em que
ele se aproximava de seu destino, as coisas ficavam mais sérias e intensas.
Isso é perceptível pela crescente quantidade de detalhes que ele dava sobre sua
morte, e pela resposta emocional de seus seguidores: eles estavam maravilhados
e atemorizados. Jesus prosseguia a Jerusalém, em ritmo crescente, como alguém
que tinha algo muito importante e difícil a fazer lá, e ele não queria perder o
impulso e o propósito. Havia algo muito importante a ser realizado! Havia um
plano a ser cumprido! Você já esteve tão determinado a fazer algo que sua forte
resolução impressionou alguém?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Mas as
dificuldades não eram esperadas só em Jerusalém – elas foram vivenciadas ao
longo de toda a jornada. Primeiro, Jesus enfrentou rejeição em uma aldeia
samaritana, porque “sua face era a de quem ia a Jerusalém” (Lucas 9:53) -<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o episódio em que Tiago e João queriam que
fogo caísse do céu e consumisse o vilarejo. De qualquer forma, essa rejeição
pode ter causado um incremento no tempo total de viagem, uma vez que o trajeto
mais curto passava pelo território de Samaria e Jesus precisou contorna-lo. Uma
segunda vez, relatada em Lucas 13:31-35, ocorreu quando Herodes (o tetrarca da
Galiléia e Peréia), alegadamente, queria tirar a vida de Jesus. Essa ameaça foi
dita ao Senhor pelos Fariseus (sim, os próprios!), que aconselharam Jesus a
deixar a região. Ele lhes respondeu que estava, sim, de partida – não para
fugir da morte, mas para garantir que ela acontecesse no local apropriado:
Jerusalém.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Deus também
preparou uma jornada para cada um de nós. Ele nos chamou para uma maratona, sobre
a qual o autor de Hebreus escreveu: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">deixemos
todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com
paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e
consumador da fé, (...). Considerai, pois, aquele que suportou tais
contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais,
desfalecendo em vossos ânimos.</i> (12:1-3). Às vezes o destino final parece
distante – a realização de sonhos e tarefas que o Senhor nos confiou. Às vezes
dificuldades podem causar certo atraso ou nos fazer duvidar que chegaremos lá.
Mas há um propósito para a sua vida, estabelecido por Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraph" style="text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> <b>2.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; line-height: normal;"> </span></b></span><!--[endif]--><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><b>Jesus gastou tempo com pessoas</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Como lemos
anteriormente, Jesus estava se aproximando de Jerusalém em um ritmo intenso.
Ele estava focado no objetivo último de seu ministério, sem tempo a perder. Mas,
por mais impressionante que seja, e mesmo sob tais circunstâncias, Jesus nunca
ignorou ou dispensou pessoas – elas eram (e são) a razão pela qual ele veio. Se
considerarmos somente os últimos 20 km da viagem (de Jericó a Jerusalém), há
muitas histórias de encontros marcantes entre Jesus e pessoas por ele cuidadas.
Sem muitos detalhes, eu gostaria de apontar algumas delas:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="font-family: "symbol"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;"> ·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">O
cego Bartimeu, que clamava “Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!”. A
multidão, ansiosa para ver Jesus entrando em Jerusalém não queria permitir
nenhum empecilho à viagem (e talvez o próprio Jesus, por estar absorvido no
propósito de chegar à cidade santa, não discerniu os primeiros clamores do
homem). Mas Jesus lhe deu a atenção necessária e o curou.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="font-family: "symbol"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;"> ·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Zaqueu,
o coletor de impostos, considerado pecador e traidor pelos judeus, foi buscado
por Jesus;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="font-family: "symbol"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;"> ·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Lázaro,
que foi ressuscitado de entre os mortos;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="font-family: "symbol"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;"> ·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Maria,
irmã de Lázaro, que honrou a Jesus e foi por ele honrada antes de sua morte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Não é
maravilhoso saber que Jesus nos aprecia e se interessa por nós como indivíduos?
Que, mesmo sem se esquecer da visão geral do plano de Deus e de cumpri-lo,
Jesus se apraz em ter um relacionamento pessoal conosco? Seu objetivo final não
foi simplesmente cumprir uma tarefa, mas alcançar pessoas. Elas eram a razão de
sua missão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Devemos ter
em mente que o Reino e o coração de Deus são centrados em pessoas, e não em uma
lista de tarefas ou programas que devemos realizar perfeitamente. Da mesma
forma como os encontros de Jesus ao final de sua trajetória, praticamente todos
os demais encontros foram casuais, à medida que ele “seguia seu caminho”, sem
agendar reuniões. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Como nós
tratamos as pessoas quando estamos “muito ocupados” ou com nossas mentes “em
outro mundo”? Damos maior importância à programas e projetos do que a pessoas?
Nossa missão como cristãos são as pessoas, não o ministério. O ministério é a
forma de alcançar gente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> <b>3.<span style="font-family: "times new roman"; font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; line-height: normal;"> </span></b></span><!--[endif]--><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><b>Jesus é o Rei cujo Reino é e há de
vir<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Nesses
últimos vinte quilômetros, percebemos que uma multidão seguia Jesus. E, à
medida em que ele avançava, mais gente se unia. Havia tanta expectativa com
relação ao Senhor, mais especificamente, eles buscavam um líder político que
libertaria Israel do jugo romano, assim como Moisés livrou os israelitas da
opressão egípcia: o livramento que seria celebrado em poucos dias, na Páscoa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Lucas 19:11
nos diz que “Estando eles a ouvi-lo, Jesus passou a contar-lhes uma parábola,
porque estava perto de Jerusalém e o povo pensava que o Reino de Deus ia se
manifestar de imediato”. Tiago e João, inclusive, já estavam pedindo ao Cristo
que lhes concedesse assentos ao seu lado no “Reino”, provavelmente imaginando
que a jornada à Jerusalém culminaria em uma tomada da terra dos romanos para os
israelitas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Para Jesus,
sua chegada à Jerusalém significava algo totalmente diferente do que para seus
seguidores. Estes buscavam um reino na terra, um libertador político – o que
levou a uma grande frustração. Jesus estava, de fato, introduzindo um Reino –
não dos homens, mas de Deus; não físico, mas invisível. Aquelas pessoas não
foram capazes de entender o que Paulo mais tarde descreveu como “o mistério de
Deus, oculto por eras e gerações” (Col. 1:26). “Mas que agora”, continua Paulo,
“foi revelado aos seus santos”. Nós recebemos os Espírito Santo, e com ele a
possibilidade de conhecer e compreender a mente de Cristo. Não sejamos
alarmados por nenhuma sorte de turbulência, nem abalados em nossa fé por circunstâncias
exteriores. O Reino ainda é invisível, e está em nós que recebemos o “Cristo, o
filho do Deus vivo”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Qual era a
importância da entrada triunfal, além do cumprimento de uma profecia? Para as
pessoas, como supracitado, significava que os dias de opressão romana estavam
contados. A expressão “Hosana!” significa “Oh, salva-nos!”. O uso de ramos de
palmeiras, o símbolo nacional judaico, implica certa forma de nacionalismo. Ao cobrir
a estrada com suas capas, o povo estava afirmando seu compromisso de se
sujeitar a Cristo como seu Rei, assim como os israelitas haviam feito quando
Jeú foi coroado rei de Israel (2 Reis 9:13). Ao mencionar Davi e seu reino,
chamando Jesus de “filho de Davi” e “Rei de Israel” eles estavam reforçando seu
apoio incondicional àquele que eles imaginavam que seria seu rei. O clamor é
baseado em Salmos 118:25,26.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Para Jesus,
essa entrada significava a inauguração do seu Reino dos Céus por meio de sua
morte. Ele não tinha uma ideia equivocada quanto ao que haveria de acontecer. Seus
olhos e seu coração estavam fixos em seu propósito. Ele amou as pessoas até o
fim. Sua jornada era à cruz, para lidar com o pecado de uma vez por todas.
Jesus é o Rei que morreu em favor de seus súditos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Provavelmente
o principal aspecto da “entrada triunfal” e seu relato nos evangelhos é
registrar o cumprimento da profecia de Zacarias 9:9. Há uma lista de 353
profecias que foram cumpridas em Jesus. Aliás, uma expressão frequente nos evangelhos
é a que diz “para que se cumprisse o que fora dito por intermédio dos profetas”,
ou similares. Isso era com o objetivo de trazer confiança na identidade do
Cristo e prover as pessoas (especialmente os judeus) com formas de reconhecê-lo.
Mas há alguns aspectos interessantes sobre esses cumprimentos que precisamos
entender:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 38.8pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="font-family: "symbol"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Primeiramente,
Jesus participou na busca por entendimento e cumprimento das profecias a seu
respeito. Há uma intenção clara, uma proatividade que o levou a isso. Em muitos
casos Jesus <i style="mso-bidi-font-style: normal;">provocou</i> o cumprimento de
uma profecia (por exemplo, ao dizer, na cruz, “tenho sede”). Para tanto, ele
precisava conhecer essas escrituras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 38.8pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="font-family: "symbol"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]--><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Em
segundo lugar, é que sempre havia um fator sobrenatural no cumprimento das
profecias, o que revela uma grande confiança no Pai. Aquilo que não podia ser
controlado ou realizado por Jesus era feito pelo Pai. No caso da profecia do
jumentinho, além do conhecimento sobrenatural, podemos apontar para a acurácia
e convicção daquilo que Jesus disse sobre o jumento e sobre os eventos que os
discípulos deveriam esperar ao busca-lo para o Senhor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-left: 38.8pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<!--[if !supportLists]--><span lang="PT-BR" style="font-family: "symbol"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Em
terceiro lugar, temos a participação dos discípulos. Apesar do fato de eles não
compreenderem inteiramente tudo o que estava acontecendo, e nem mesmo
associarem esse evento com as Escrituras até mais adiante, a sua obediência
facilitou o cumprimento. Os discípulos, como sempre, tiveram participação
importante ao preceder Jesus. Assim como ele havia enviado os discípulos às
aldeias que ele mais tarde haveria de visitar, ele enviou dois discípulos para
buscar o jumento. Esse fato, omitido por João, é mencionado por todos os demais
evangelistas. Jesus lhes deu instruções bem claras: uma tarefa, um
direcionamento, o conhecimento necessário e as ferramentas para concluir a obra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-left: 38.8pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Deus é fiel
em todas as suas promessas. Assim como muitas profecias foram cumpridas em
Cristo, há tantas outras que serão cumpridas em seu devido tempo. Nesse
intervalo, devemos buscar entendimento com relação ao nosso papel no plano
soberano de Deus e seu Reino. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Nós,
cristãos, estamos bem familiarizados com muitas profecias e trechos da Bíblia
que falam sobre Jesus diretamente. Mas Deus tem promessas e instruções para nós
também! O Salmo 139 fala sobre os pensamentos maravilhosos de Deus a nosso
respeito. Efésios 2:10 diz que “fomos criados em Cristo Jesus para as boas
obras, as quais Deus preparou de antemão para que andássemos nelas”. Não considere
as Palavra de Deus como algo impessoal, sem significado particular, que não se
aplica a você como indivíduo. Vamos trabalhar para a realização do evangelho em
nossas vidas! Vamos confiar no Senhor para concretizar em e através de nós aquilo
que a nós é impossível, sem eliminarmos ou abafarmos o sobrenatural de Deus
como uma realidade a ser esperada. Vamos nos envolver na vontade de Deus e
compartilhar de seu propósito! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Paulo
testificou, a falar das dificuldades e aflições que enfrentava no ministério:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">“Graças,
porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós,
manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento” (2 Coríntios 2:14)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language: PT-BR;">Jesus
verdadeiramente triunfou – talvez não como os israelitas esperavam, mas de
forma mais profunda e completa. Ele adentrou Jerusalém como um vencedor – sobre
o pecado e a morte. E ele nos conduz nesse desfile triunfal consigo, sendo o
nosso modelo perfeito. <o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-43702277929957630822017-04-20T03:06:00.000-07:002017-04-20T03:06:32.960-07:00#vemMeteoro!<div class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: justify; text-indent: 0.64cm; widows: 2;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span style="font-family: Courier New, serif;"><span style="font-size: small;">Em
meio ao caos político, econômico e social tanto no cenário
nacional quanto no internacional, surgiu a expressão “vem meteoro”
nas redes sociais da internet como um desabafo frente aos absurdos
que nos cercam. Frequentemente, notícias e constatações são
marcadas com essa </span></span><span style="font-family: Courier New, serif;"><span style="font-size: small;"><i>hashtag</i></span></span><span style="font-family: Courier New, serif;"><span style="font-size: small;">
(uma palavra ou expressão chave antecedida pelo símbolo “#”).
Alguns dos recentes acontecimentos que foram coroados com o
#vemMeteoro, a título de exemplo, são: a guerra da Síria, fãs
eufóricos de participantes do BBB e do goleiro Bruno, mãe que foi
processada pelo filho por tomar seu celular – enfim, decepções em
várias escalas unidas pelo sentimento de descrédito em alguma
possibilidade de melhora na humanidade. A ideia de meteoro, nesse
contexto, corresponde à de aniquilação da maldade e de recomeço
“nos trilhos certos”.</span></span></span></div>
<div class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: justify; text-indent: 0.64cm; widows: 2;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span style="font-family: Courier New, serif;"><span style="font-size: small;">Alguns
dias atrás me veio à memória uma história bíblica que me fez
pensar sobre o meteoro das redes sociais. O capítulo 2 do livro de
Daniel relata um sonho do rei do primeiro império de proporções
mundiais, Nabucodonosor, e que foi interpretado pelo profeta Daniel.
O sonho consistia em uma grande estátua feita de diferentes
materiais: cabeça de ouro, peito e braços de prata, ventre e
quadris de bronze, pernas de ferro e pés de ferro e barro
misturados. E nesse sonho, “</span></span><span style="font-family: Courier New, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">uma
pedra soltou-se, sem auxílio de mãos, atingiu a estátua nos pés
de ferro e de barro e os esmigalhou. (...) Mas a pedra que atingiu a
estátua tornou-se uma montanha e encheu a terra toda” (</span></span></span><span style="font-family: Courier New, serif;"><span style="font-size: small;">Daniel
2:34,35). A estátua, conforme a interpretação do sonho, representa
os vários impérios: Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma. Todos
eles, reinos visíveis e de grandes conquistas. Contudo, foram
dissipados e, segundo Daniel, foram substituídos pela pedra que os
esmagou, uma alusão ao Reino de Deus inaugurado por Jesus Cristo, a
“pedra viva – rejeitada pelos homens, mas escolhida por Deus e
preciosa para ele” (1 Pe. 2:4). Essa Pedra cresceu e encheu toda a
terra. Esse meteoro, querido leitor, não vem com o propósito de
exterminar a humanidade, mas de revelar duas coisas de acordo com
Paulo em Romanos 1:17,18. </span><span style="font-size: small;">A primeira delas, a Justiça de Deus,
revelada no evangelho com o propósito de reconciliar o ser humano
com o seu Criador pela fé no sacrifício expiatório de Jesus para o
perdão dos nossos pecados. A segunda, é manifestar a ira de Deus
“</span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Courier New, serif;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">contra
toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela
injustiça”. </span></span>
</span></span></div>
<div class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: left; text-indent: 0.64cm; widows: 2;">
<style type="text/css">
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</div>
<div class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 0.64cm;">
<span style="background-color: black; color: white; font-size: small;"><a href="https://www.blogger.com/null" name="__DdeLink__197_2043066082"></a>
<span style="font-family: Courier New, serif;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Todo
mal e injustiça já foram julgados na Cruz, e aguardam a execução
de sua sentença. Nunca vi ninguém “invocar” o meteoro sobre si
mesmo – o mal parece sempre estar do lado de fora e a verdade,
conosco. Mas, a menos que reconheçamos o mal em nós, jamais
poderemos ser cobertos pela justiça do reino de Deus proveniente de
seu perdão e estaremos debaixo da realidade de sua ira, que trará
juízo sobre todo o mal, inclusive o nosso próprio.</span></span></span></div>
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</style>Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-65325459249128087962016-10-17T05:37:00.000-07:002016-10-17T05:37:24.099-07:00“Vocês não querem vir a mim para terem vida”<div class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-variant: normal;"><span style="text-decoration: none;"><span style="color: #f3f3f3;"><span style="letter-spacing: normal;"><span style="font-style: normal;"><span style="background-color: black; font-weight: normal;"><span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"> </span><span style="font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">O
psicanalista Sigmund Freud descreveu a dinâmica mental do ser humano
em termos de “tensão” e “alívio” - necessidades (de
naturezas diversas) que surgem e que trazem consigo o ímpeto para
sua satisfação. A sede, por exemplo, gera em nós o instinto de
buscar por alguma bebida. Quanto maior a sede, maior o esforço que
estamos dispostos a fazer para satisfazê-la. Tenho razões para
acreditar que a saúde mental de alguém inclui a forma com que lida
com essas tensões (ou ansiedades) e também a forma com que busca
aliviar-se. Evidentemente, quem consegue compreender sua própria
necessidade terá grande chances de supri-la de forma saudável e
bem-sucedida. Para o faminto “qualquer porcaria serve”, mas a
satisfação plena somente virá com uma refeição saudável e
equilibrada.</span></span></span></span></span></span></span></div>
<div class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-variant: normal;"><span style="text-decoration: none;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="letter-spacing: normal;"><span style="font-style: normal;"><span style="background-color: black; font-weight: normal;"> Agora,
o que isso significa para nós, na nossa busca diária? Os judeus da
época de Cristo buscavam vida eterna. Jesus lhes disse: “Vocês
estudam cuidadosamente as Escrituras, porque pensam que nelas vocês
têm a vida eterna. E são as Escrituras que testemunham a meu
respeito; contudo, vocês não querem vir a mim para terem vida”
(João 5:39,40). Eles sabiam o que queriam, e estavam procurando no
lugar certo, porém seu ceticismo não permitiu a eles perceberem que
aquele que poderia satisfazê-los estava bem à sua frente. Muitos
buscam paz, amor, alegria, vida plena, aceitação, estão dispostos
a subir aos céus e a descer até o inferno, a sacrificar-se, a
destruir-se, a entregar-se a loucuras e perigos. Mas não conseguem
(ou não querem) crer que Jesus pode oferecer tudo isso e muito mais,
em um pacote só, em si mesmo. Ele é o caminho para Deus, é a Vida
Eterna que estava com Deus e nos foi manifestada. Mas nós não
queremos ir a ele para receber vida. Ao invés, nos subjugamos a uma
vida pela metade. A vida plena começa no momento em que
compreendemos que Deus nos ama, e que por nos amar ele enviou seu
único filho para que por ele vivamos.</span></span></span></span></span></span></div>
<br />
<div class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="background-color: black; color: #f3f3f3; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"> Tudo
o que escrevo vem de experiência própria! Não preciso mais
(sobre)viver de lixo, de restos e porcarias – em Cristo sou
alimentado com um verdadeiro banquete! “Como é precioso o teu
amor, ó Deus! Os homens encontram refúgio à sombra das tuas asas.
Eles se banqueteiam na fartura da tua casa; tu lhes dás de beber do
teu rio de delícias. Pois em ti está a fonte da vida; graças à
tua luz, vemos a luz” (Salmos 36:7-9). Jesus é o mesmo ontem, hoje
e eternamente, e o convite que ele fez aos judeus de dois mil anos
atrás ecoa para nós hoje: “Se alguém tem sede, venha a mim e
beba” (João 7:37).</span></div>
Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-51520161278822095822016-09-12T07:59:00.000-07:002016-09-12T07:59:39.870-07:00Don't worry, be happy!<div align="justify" class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Courier New, serif;"><span style="background-color: black; color: white; font-size: small;">Parece-me
impossível não se deixar contagiar por uma canção de ritmo suave,
que inicia com uma melodia cativante e despreocupadamente assobiada,
e que em seu título e refrão diz: “Don’t worry, be happy”
(Não se preocupe, seja feliz, em inglês). Eu inevitavelmente
associo essa música a um ambiente de praia paradisíaca, com
palmeiras, água de coco, brisa suave, uma sombra gostosa e nenhum
problema para atrapalhar o clima.</span></span></div>
<div align="justify" class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span style="font-family: Courier New, serif;"><span style="font-size: small;">Bob
Marley, intérprete dessa música, se tornou ícone de uma geração
por cantar e pregar uma vida despreocupada, paz, alegria e harmonia.
E quem, em sã consciência não deseja essas coisas? Mesmo quem tem
o privilégio de relaxar por alguns dias em uma praia paradisíaca,
dificilmente consegue alienar-se dos problemas e preocupações
cotidianos. No entanto, ainda que tenhamos belos discursos e canções
sobre uma vida tranquila, de paz e tranquilidade, a paz não passa a
existir por si mesma. Ela </span></span><span style="font-family: Courier New, serif;"><span style="font-size: small;"><i>precisa</i></span></span><span style="font-family: Courier New, serif;"><span style="font-size: small;">
de uma causa, uma fonte, do contrário essa expectativa
invariavelmente torna-se em frustração. E “paz”, por definição,
significa “sossego, quietação de ânimo, tranquilidade, ausência
de conflitos e divisões, reconciliação”.</span></span></span></div>
<div align="justify" class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span style="font-family: Courier New, serif;"><span style="font-size: small;">Bob
Marley foi muito gentil ao falar desses assuntos, mas ele não pôde
oferecer (como nenhum ser humano, de fato, poderia) uma causa para
paz e alegria na vida de ninguém, somente expectativas. Contudo, um
outro famoso professor e pregador, há muitos anos atrás declarou:
“</span></span><span style="font-family: Courier New, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Deixo-lhes
a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se
perturbem os seus corações, nem tenham medo” (</span></span></span><span style="font-family: Courier New, serif;"><span style="font-size: small;">Jo.
14:27). Alguém que fala com tanta propriedade necessita,
obrigatoriamente, oferecer uma causa objetiva para isso. E graças a
Deus, ele o fez! Jesus Cristo não foi apenas um mestre de ensinos
bonitos, porém inalcançáveis. Ele mesmo se tornou a causa possível
de paz a todos nós, em cada um dos pontos acima definidos! “Ele é
a nossa paz”, declarou o apóstolo Paulo à igreja em Éfeso (Ef.
2:14), ao referir-se à obra reconciliadora de Cristo tanto com
relação a Deus – que ao garantir o perdão dos pecados através
de sua cruz, destruiu o muro que nos separava do Criador, e com
relação aos homens, propondo reunir em si mesmo todo homem que,
pela fé, aceita essa reconciliação.</span></span></span></div>
<br />
<div align="justify" class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="background-color: black; color: white;"><span style="font-family: Courier New, serif;">Ao
final de sua vida, Bob Marley redeu-se à paz que somente Cristo pode
oferecer, sendo batizado na Igreja Ortodoxa Etíope pouco antes da
sua morte. Na carta aos hebreus lemos que Jesus, ao ser consumado
(morto), “</span><span style="font-family: Courier New, serif;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">veio
a ser a causa da eterna salvação para todos os que lhe obedecem”
(Hb. 5:9), e que “pode também salvar perfeitamente os que por ele
se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles” (Hb.
7:25). Ele se tornou a causa de salvação e paz que precisamos.
Achegue-se a Ele!</span></span></span></div>
Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-17338273740073907812016-08-27T18:41:00.000-07:002016-08-27T18:41:06.146-07:00Abel, Caim, e a religião que Deus aceita<div align="justify" class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: Times, Times New Roman, serif;"><span style="background-color: black; color: white; line-height: 115%;"><span style="font-size: 12pt;"> Rotineiramente
ouvimos: “Todas as religiões levam a Deus”. A bíblia conta a
história de dois irmãos, filhos de Adão e Eva nascidos após a
entrada do pecado no mundo, </span></span><span style="background-color: black; color: white; line-height: 115%;"><span style="font-size: 12pt;">que
quiseram se aproximar de Deus</span></span><span style="background-color: black; color: white; line-height: 115%;"><span style="font-size: 12pt;">.
Gênesis 3 dá a entender que Adão e Eva relacionavam-se com Deus
diariamente e que este relacionamento rompeu-se com o pecado – isto
é, a desobediência para com o mandamento de Deus, resultando em
morte física e espiritual. Certamente seus descendentes, entre eles
Caim e Abel, cresceram ouvindo histórias sobre esse contato com Deus
no paraíso perdido e sobre a promessa feita por Deus (o chamado
</span></span><span style="background-color: black; color: white; line-height: 115%;"><span style="font-size: 12pt;"><i>proto-evangelho</i></span></span><span style="background-color: black; color: white; line-height: 115%;"><span style="font-size: 12pt;">,
em Gn. 3:15) de que um dia um descendente de Eva derrotaria o Diabo e
restauraria a comunhão com Deus. Sem sombras de dúvida, esses
relatos e a promessa de restauração geraram um anseio e uma
expectativa muito grande nas primeiras gerações humanas por buscar
a Deus, por retomar esse vínculo com o Criador.</span></span><br /><span style="background-color: black; color: white; line-height: 115%;"><span style="font-size: 12pt;"> O
capítulo 4 de Gênesis </span></span><span style="background-color: black; color: white; line-height: 115%;"><span style="font-size: 12pt;">r</span></span><span style="background-color: black; color: white; line-height: 115%;"><span style="font-size: 12pt;">elat</span></span><span style="background-color: black; color: white; line-height: 115%;"><span style="font-size: 12pt;">a
que Caim e Abel, </span></span><span style="background-color: black; color: white; line-height: 115%;"><span style="font-size: 12pt;">no
intuito de aproximar-se de Deus, apresentaram ofertas. </span></span><span style="background-color: black; color: white; line-height: 115%;"><span style="font-size: 12pt;">N</span></span><span style="background-color: black; color: white; line-height: 115%;"><span style="font-size: 12pt;">ão
sabemos exatamente quando ou como esses ritos iniciaram; sabemos que
o primeiro sacrifício foi feito pelo próprio Deus para cobrir a
vergonha de Adão e Eva com a pele de animais, apontando para o
sacrifício de Cristo</span></span><span style="background-color: black; color: white; line-height: 115%;"><span style="font-size: 12pt;">.</span></span><span style="background-color: black; color: white; line-height: 115%;"><span style="font-size: 12pt;">
Abel e sua oferta foram aceitos diante do Senhor, porém Caim e sua
oferta, não. Por qual motivo teria isso acontecido? O texto não
deixa explícito, no entanto temos, algumas pistas que nos permitem
uma conclusão. Sobre Caim, o apóstolo João diz que “pertencia ao
maligno” e “suas obras eram más” (I Jo 3:12). Judas, irmão de
Jesus, relaciona os falsos mestres religiosos ao “caminho de Caim”
(Jd 11), e Jesus também faz essa associação (Mt 23:35). Sobre
Abel, sabemos que: era justo (Mt 23:35), fazia boas obras (I Jo
3:12), e que “pela fé, Abel ofereceu a Deus sacrifício superior
ao de Caim, sendo reconhecido como justo quando Deus aceitou suas
ofertas” (Hb 11:4). Caim nos fala da religião, do homem separado
de Deus e que tenta aproximar-se dele com seus próprios esforços,
mas que fracassa por não ser capaz de atender aos requisitos
divinos. Abel nos fala da reconciliação com Deus através de
Cristo, o sacrifício expiatório que nos aproxima do Altíssimo
mediante a fé em sua obra redentora.</span></span><br /><span style="background-color: black; color: white; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Não
há nenhuma religião que nos aproxime de Deus. Tentar aproximar-se
dele através de ritos, por mais elegantes ou piedosos que sejam, é
inútil. Mas através de Cristo, o sacrifício perfeito, temos
aprovação de Deus e acesso à vida com ele. “Disse-lhes Jesus: Eu
sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por
mim” (João 14:6).</span></span>
</div>
Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-19827816687854132862016-04-02T12:06:00.000-07:002016-04-02T12:06:43.187-07:00“Todos atrairei a mim”<div align="left" class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-variant: normal;"><span style="text-decoration: none;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><span style="letter-spacing: normal;"><span lang="pt-BR"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Uma
semana antes de ser entregue para ser crucuficado, Jesus havia saído
de Betânia em direção a Jerusalém, onde haveria a celebração da
páscoa judaica. O capítulo 12 do evangelho de João relata que após
calorosa recepção pelas multidões, que aclamavam seu nome ao
entrar na cidade, Jesus foi procurado por alguns gregos (mais
precisamente gentios, ou não-judeus, e não necessariamente pessoas
oriundas da grécia) que haviam ido à festa adorar a Deus. Esse
contato entre os gregos e Cristo foi mediado por seus discípulos
Filipe e André, e o que se seguiu após isso sempre pareceu um tanto
“misterioso” pra mim, pelo fato de não haver menção se esses
gregos conseguiram falar com Jesus e também pelo teor do discurso
por ele proferido.</span></span></span></span></span></span></span></span></div>
<div class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="font-variant: normal;"><span style="text-decoration: none;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><span style="letter-spacing: normal;"><span lang="pt-BR"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><br /></span></span></span></span></span></span></span></span></div>
<div class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: #f3f3f3; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-variant: normal;"><span style="text-decoration: none;"><span style="font-size: small;"><span style="letter-spacing: normal;"><span lang="pt-BR"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Logo
após ficar sabendo que gentios o procuravam, Jesus imediatamente
passou a falar de aspectos relativos à sua morte e sua obra
redentora. Falou de ser glorificado, da semente que precisa morrer
para gerar frutos e de que apesar de estar com a alma perturbada com
o que haveria de acontecer em seguida, era justamente isso que
cumpriria o propósito de sua missão. Então, dois eventos
simultâneos à crucificação são revelados por Jesus. O primeiro
deles diz respeito ao julgamento desse mundo e a derrota de Satanás.
A bíblia diz que “O mundo está sob o poder do maligno” (I João
5:19), mas que Jesus Cristo “participou dessa condição humana,
para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte,
isto é, o Diabo, e libertasse aqueles que durante toda a vida
estiveram escravizados pelo medo da morte” (Hebreus 2:14,15). A
segunda delas diz respeito à humanidade como um todo: “Eu, quando
for levantado da terra, atrairei todos a mim” (João 12:32). Em sua
morte Jesus conquistou a redenção para todas as nações. E não
somente isso, mas ele deseja atrair-nos a si mediante a sua cruz.
Essa cruz que é a loucura de Deus, e que é amor do começo ao fim.
Essa cruz que carrega um corpo moído por nossos pecados e ferido por
nossas transgressões e que transparece o coração bondoso daquele
que se ofereceu como substituto por nós, para que em sua morte
achássemos vida na presença do Pai Celestial. </span></span></span></span></span></span></span></span>
</span></span></div>
<div class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: #f3f3f3;"><span style="font-variant: normal;"><span style="text-decoration: none;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;"><span style="letter-spacing: normal;"><span lang="pt-BR"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;"><br /></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></div>
<br />
<div class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; text-align: justify; widows: 2;">
<span style="color: #f3f3f3; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span lang="pt-BR"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Talvez
sejamos como aqueles gregos, ouvimos desse Jesus e desejamos
conhecê-lo, encontrá-lo. Pois bem, esse encontro só é possível
aos pés da cruz, onde precisamos encarar quem de fato somos e nossa
necessidade de redenção, e onde percebemos quem Jesus Cristo é: o
provedor da redenção. É através da cruz que ele nos atrai para
si.</span></span></span></div>
Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-21876533701546391252015-11-10T05:12:00.001-08:002015-11-10T05:12:51.593-08:00“Tornei-me inimigo de vocês por lhes dizer a verdade?”<div align="justify" class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-variant: normal;"><span style="letter-spacing: normal;"><span lang="pt-BR"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Verdade
– um conceito maltrapilho em nosso mundo pós-moderno. E em um
contexto no qual “cada um tem sua própria verdade”, proclamar
uma verdade em termos absolutos é ser odiado e rejeitado de tantas
formas quantas “verdades” são reivindicadas. Por que, ao final
das contas, se há uma verdade absoluta, a minha verdade individual
não vale nada. E mais do que isso, ela requer que eu me sujeite a
ela (outro conceito fora de moda). Fomos convencidos a acreditar que
a “verdade absoluta” e a sujeição à mesma são definições
opressivas e injustas, mas não o são. </span></span></span></span></span></span><span style="font-variant: normal;"><span style="letter-spacing: normal;"><span lang="pt-BR"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">É
melhor depender de uma bússola do que em meros instintos quando
estamos perdidos e sem direção.</span></span></span></span></span></span><span style="font-variant: normal;"><span style="letter-spacing: normal;"><span lang="pt-BR"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
P</span></span></span></span></span></span><span style="font-variant: normal;"><span style="letter-spacing: normal;"><span lang="pt-BR"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">or
sua vez</span></span></span></span></span></span><span style="font-variant: normal;"><span style="letter-spacing: normal;"><span lang="pt-BR"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">,
assumir uma verdade relativa a mim, fundamentada em meus próprios
desejos, vontades e inclinações é caminhar sobre </span></span></span></span></span></span><span style="font-variant: normal;"><span style="letter-spacing: normal;"><span lang="pt-BR"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">gelo
fino. Em que momento pareceu mais lógico e seguro que confiemos cada
um em suas próprias definições a aceitar uma verdade única
independente de nós mesmos (limitados e falhos) e acima de nós?</span></span></span></span></span></span></span></div>
<div align="justify" class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-variant: normal;"><span style="letter-spacing: normal;"><span lang="pt-BR"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Aceitar
uma afirmação como verdade está, de certa forma, relacionada ao
grau de confiança que temos na pessoa que faz essa afirmação.
Pouco antes de morrer, Jesus foi interrogado por Pilatos (governador
romano sobre a província da Judéia). Nesse diálogo, Jesus falou:
</span></span></span></span></span></span><span style="font-variant: normal;"><span style="letter-spacing: normal;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">“De
fato, por esta razão nasci e para isto vim ao mundo: para
testemunhar da verdade. Todos os que são da verdade me ouvem"
</span></span></span></span><span style="font-variant: normal;"><span style="letter-spacing: normal;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">(</span></span></span></span><span style="font-variant: normal;"><span style="text-decoration: none;"><span style="letter-spacing: normal;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">João
18:37,38</span></span></span></span></span><span style="font-variant: normal;"><span style="letter-spacing: normal;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">).
O relato do evangelho continua:</span></span></span></span><span style="font-variant: normal;"><span style="letter-spacing: normal;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">
"</span></span></span></span><span style="font-variant: normal;"><span style="letter-spacing: normal;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">'</span></span></span></span><span style="font-variant: normal;"><span style="letter-spacing: normal;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Que
é a verdade?</span></span></span></span><span style="font-variant: normal;"><span style="letter-spacing: normal;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">'</span></span></span></span><span style="font-variant: normal;"><span style="letter-spacing: normal;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">,
perguntou Pilatos. Ele disse isso e saiu.” </span></span></span></span><span style="font-variant: normal;"><span style="letter-spacing: normal;"><span style="font-style: normal;"><span style="font-weight: normal;">Pilatos
tinha a mesma inquietação que a maioria de nós tem: o que é a
verdade? Pilatos, apesar de seu questionamento, não permaneceu para
ouvir a resposta, ele saiu. Provavelmente por que ele sabia que
estava prestes a condenar um homem justo. E nós? Será que estamos
dispostos a ouvir a voz daquele que que se autointitula a própria
verdade? Ou será que estamos receosos de sermos achados em falta de
algo? </span></span></span></span>
</span></div>
<br />
<div align="justify" class="western" style="line-height: 115%; margin-bottom: 0cm; orphans: 2; widows: 2;">
<span style="background-color: black; color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Mas
veja a maravilha do evangelho: aquele que veio trazer a luz e a
verdade ao mundo deu sua própria vida e seu sangue como selo de
autenticidade a esse testemunho e também para que pudéssemos ser
justificados (isto é, libertos de condenação) e transformados! A
verdade de Cristo não veio para nos condenar. Pelo contrário, ela
nos mostra, sim, o nosso pecado, mas é para que sejamos libertos do
mesmo.
A verdade muitas vezes pode parecer dolorosa, mas “Quem fere por
amor mostra lealdade, mas o inimigo multiplica beijos” (Pv 27:6).
"Digo-lhes a verdade: Todo aquele que vive pecando é escravo do
pecado. Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão
livres.” João 8:34,36</span></div>
Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-63666055020298285422015-02-17T13:40:00.003-08:002015-02-17T13:40:57.857-08:00“A quem vocês estão procurando?”<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: 'Courier New'; font-size: 12pt;"><span style="color: white;">Na noite em que foi traído por um de seus seguidores e
entregue aos soldados para ser levado preso, Jesus estava reunido com seus
discípulos em um olival. Ao perceber movimentação de seus algozes, Jesus lhes
dirigiu a palavra, dizendo: “A quem vocês estão procurando?”. A essa pergunta,
eles lhe responderam: “A Jesus de Nazaré”. O Senhor então replicou: “Sou eu”
(João cap. 18). Em minha percepção, a busca por algo é o fator que torna a vida
dinâmica; sem isso não há propósito, apenas inércia e tédio.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: 'Courier New'; font-size: 12pt;">“A quem vocês estão procurando?” Essa pergunta parece
adquirir um grande peso à medida que nos detemos a ela. Aqueles soldados
estavam à procura de Cristo. Não para segui-lo, ou ouvir suas palavras, mas
para levá-lo preso. Nos últimos anos temos visto uma verdadeira “revolução
evangélica” no Brasil: são milhões de novos adeptos todos os anos, incluindo
muitos famosos, que passam a professar a nova religião. Afirmam buscar a
Cristo. Mas com que motivação? Testemunhos em programas televisivos escancaram:
sucesso profissional, prosperidade material, terapia amorosa, etc. O
evangelista Lucas conta que certa ocasião, um homem disse a Jesus: “Eu te seguirei
por onde quer que fores”. Jesus respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves
do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça”</span><span style="font-family: "Courier New"; font-size: 12.0pt;"> (9:57-58). <o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-family: 'Courier New'; font-size: 12pt;"><span style="color: white;">Jesus
sempre se mostrou acolhedor. No entanto, nunca deixou de dizer a verdade, ainda
que lhe custasse menos popularidade e menos seguidores. No evangelho de João
(cap. 6:66) lemos que muitos o deixaram após um “discurso duro”. Mas ele não se
esconde, antes, anuncia a si mesmo a todos: “Sou eu”. Ele é o Cristo, a
esperança de vida nova. E também alerta: “Ninguém pode servir a dois senhores,
porque odiará um e amará o outro”, ou seja, dentre muitos “senhores” e
“senhoras” a quem possamos invocar ou servir, ele exige exclusividade, pois “só
há um Deus e um mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo”(I Tm 2:5).<o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Courier New"; font-size: 12.0pt;"><span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Buscar
a Jesus é “matar ou morrer”. Ou crucificamos novamente o Filho de Deus ou nos
aliamos a ele em sua cruz. A quem você busca? Aqueles soldados e os homens que
os enviaram não suportaram a verdade de Jesus, e o procuraram para silenciá-lo.
Muitos o buscam não para segui-lo, mas porque querem benefício próprio. Mas se
você busca vida plena e esperança, Cristo se pronuncia: Sou eu. </span></span><span style="background: white;"><o:p></o:p></span></span></div>
Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-16319216266419332162015-01-15T09:31:00.000-08:002015-01-15T09:31:15.121-08:00Sonda-me<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="background-color: black; color: white;"><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração;
prova-me e conhece os meus pensamentos. E vê se há em mim algum caminho mau e
guia-me pelo caminho eterno</span></i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">. Salmo
139:23,24<o:p></o:p></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span style="color: white;">Essa é uma oração difícil de ser feita
com sinceridade! “Sonda-me e conhece o meu coração!” . Nossa tendência é sempre colocar máscaras,
vivemos de aparências. Nossa primeira impressão acerca de uma pessoa é a nossa
visão quem dá, relativa ao estereótipo dessa pessoa. Da mesma forma nós também
sempre procuramos impressionar aos outros zelando por uma aparência agradável
ou, no mínimo, conveniente. Em um certo nível, não há nada de errado em cuidar
do exterior; o problema é quando erguemos sobre nós uma camuflagem sobre quem
realmente somos, quando agimos com hipocrisia. Mas também é problema quando
evitamos o confronto com a Palavra Viva, quando estamos aconchegados em nossa
zona de conforto, presumindo que “estamos bem na fita”.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span style="color: white;">No meio evangélico atual, há essa
necessidade de estar sempre bem: os chavões e as “encenações” dentro da igreja
estão aí pra provar isso. Escondemos nossas falhas e dificuldades dos outros,
de nós mesmos, e achamos que podemos nos esconder de Deus, imaginando que
podemos nos tornar mais “aceitáveis” pra Ele (a propósito, Cristo morreu por
nós sendo nós ainda pecadores!!). Com isso, somos nós mesmos quem perdemos,
deixando passar oportunidades de experimentar de formas muito profundas o amor
de Deus e a santificação em nossas vidas.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span style="color: white;">As Escrituras afirmam que “<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">A Sepultura e a Destruição estão abertas diante do
Senhor; quanto mais os corações dos homens!” (</span>Provérbios 15:11). Deus
conhece o profundo de nossos corações: anseios, intenções, pensamentos, desejos
e pecados. O Senhor Jesus falou com a igreja de Laodicéia no livro de
Apocalipse, dizendo: <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera
foras frio ou quente!</span></i><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br />
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Assim, porque és morno, e não és frio nem
quente, vomitar-te-ei da minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido,
e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre,
e cego, e nu; Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te
enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da
tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo
e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te. Eis que estou à
porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua
casa, e com ele cearei, e ele comigo.</span></span></i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 10pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Apocalipse 3:15-20<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span style="color: white;">Uma das cenas mais engraçadas e ao
mesmo tempo mais tristes é quando observamos pessoas que “se acham” mas não são
– estão plenamente convencidas em si mesmas que estão no topo, enquanto que, na
verdade, todo o resto vê uma situação muito diferente.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span style="color: white;">Vamos visitar uma passagem dos
evangelhos sinóticos que pode nos ajudar a refletir sobre essa verdade em
nossas próprias vidas, e que também vai nos confrontar:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Quando Jesus ia saindo, um homem correu em sua direção,
pôs-se de joelhos diante dele e lhe perguntou: "Bom mestre, que farei para
herdar a vida eterna? "Respondeu-lhe Jesus: "Por que você me chama
bom? Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus. Você conhece os mandamentos: ‘não
matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não
enganarás ninguém, honra teu pai e tua mãe’". E ele declarou:
"Mestre, a tudo isso tenho obedecido desde a minha adolescência". Jesus
olhou para ele e o amou. "Falta-lhe uma coisa", disse ele. "Vá,
venda tudo o que você possui e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro
no céu. Depois, venha e siga-me".</span></i><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><br />
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Diante disso ele ficou abatido e afastou-se
triste, porque tinha muitas riquezas.</span><br />
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">Jesus olhou ao redor e disse aos seus
discípulos: "Como é difícil aos ricos entrar no Reino de Deus!" Os
discípulos ficaram admirados com essas palavras. Mas Jesus repetiu:
"Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! É mais fácil passar um camelo pelo fundo de
uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus". </span></span></i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 10pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Marcos
10:17-25<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span style="color: white;">Vemos aí a história de um homem
piedoso conforme a lei e as tradições judaicas. Tinha uma vida religiosa “pra
ninguém botar defeito”. Ainda assim, ele recorreu a Jesus. Não sabemos sua
motivação ao fazê-lo, mas duas hipóteses me passam à mente (que não refletem
necessariamente a verdade): 1) Ele esperava ouvir elogios de Jesus por sua
fidelidade à lei, ou 2) Ele imaginava que Jesus lhe daria mais mandamentos para
que ele cumprisse (e assim teria mais piedade...). <b>Mas
Jesus lhe desvendou o coração.</b><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span style="color: white;">Ele se ajoelhou diante do Senhor e
chamou-o de “bom mestre”. Provavelmente esse tipo de reverência era desejada
pelos fariseus e mestres da lei da época, mas Jesus parece ter feito pouco
caso. Em resposta à pergunta do homem rico, Jesus deve ter soado como “Como
assim, ‘o que farei pra herdar a vida eterna’? Você já não conhece os
mandamentos?” Isso parece um tanto quanto provocativo, em um bom sentido, da
parte do Senhor. Talvez para saber se o rapaz se contentava com aquilo, ou se
estava insatisfeito, se havia inconformismo. “Que me falta ainda?”, disse o
jovem, segundo o relato de Mateus. Mais uma vez, é difícil perceber a motivação
do rico com essa questão. Poderia ser sincera, ou então legalista ou pretexto
pra se gloriar.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span style="color: white;">Mas o detalhe que só existe no livro
de Marcos é esse: “Jesus olhou para ele e o amou”. E não importa o que trazemos
conosco, esse é olhar de Jesus sobre nós também. E não importa o que ele venha
a nos dizer, será dito com amor. E nesse momento é que Jesus desvenda o coração
desse jovem rico. Várias vezes os evangelhos relatam que “Jesus conhecia os
pensamentos” e o coração do ser humano. E ele sempre confrontava, em um bom
sentido, cada um com quem ele tratava, como quem confronta uma mentira. Os
dependentes químicos aprendem que o primeiro passo pra recuperação é admitir o
problema. E a didática de Jesus passa por essa etapa. Foi assim com Nicodemos
(“És mestre em Israel e não sabes estas coisas?”), com Pedro, com Tiago e João,
e com vários outros, e é assim conosco também. Jesus não se conforma em deixar
que vivamos nossas mentiras, nossa fuga de nós mesmos. Ele deseja nos curar!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span style="color: white;">Em seguida, Jesus lhe disse: <span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">"Se você quer ser perfeito, vá, venda os seus
bens e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e
siga-me" (</span>Mateus 19:21). E foi nesse ponto que Jesus tocou na
ferida, expôs o interior daquele homem para que ele mesmo pudesse contemplar. Ele
quis mostrar que apesar da obediência irrestrita à Lei, o coração do jovem não
estava em Deus. Então, o Senhor lhe propõe renunciar àquilo que lhe governava o
coração. E esse é o segundo ponto da didática Divina: a entrega. Foi assim com
Abraão, que após 25 anos de espera gerou a Isaque aos 100 anos de idade, fruto
da promessa de Deus, e foi desafiado a devolvê-la a Deus, para que seu coração
não estivesse na promessa, mas sim naquEle que prometeu. Foi assim com Paulo,
que tendo muitos motivos pra se gloriar na sua formação humana rejeitou tudo
como refugo, a fim de ganhar a Cristo. E então Jesus convidou o jovem rico a
segui-lo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Diante disso ele ficou abatido e afastou-se triste, porque
tinha muitas riquezas.</span></i><i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"> </span></i><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Sua
tristeza passou pelo enfrentamento da realidade de seu coração e da
impossibilidade de renunciar isso. O propósito dessa análise não é, de forma
alguma, julgar esse homem; é de identificar-nos com ele. Somos mais parecidos
com ele do que pensamos. Seu destino foi essa tristeza, e sua escolha de se
afastar. Quando nos conformamos, nos afastamos. E, sem dúvida há muitas coisas
que podem dominar nosso coração, mas não podemos ignorar o fato de que dentre
todos eles Jesus destacou as riquezas. Isso porque além de exigir de nós o amor
que é devido a Deus como as outras coisas, as riquezas nos fazem confiar e
depender nelas. Jesus se indignou com a atitude do homem e fez o desabafo em
seu lamento. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span style="color: white;">E nós? Desejamos que Deus realmente
sonde os nossos corações? Estamos
preparados para permitir que o Senhor nos tire do nosso conforto e trabalhe
fundo no nosso ser?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span style="color: white;">Ou será que ele já tem nos mostrado
algumas coisas, e estamos relutantes? O conformismo é perigoso! Se não
persistimos em oração diária por santificação, já estamos nos afastando!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span style="color: white;">Na realidade, se estamos em Cristo,
precisamos permitir que o Senhor faça isso. Precisamos orar sempre, em
humildade e contrição, para que o nosso coração não nos engane e não nos afaste
dos caminhos do Senhor:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha coração
perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo. Pelo contrário, encorajem-se
uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama "hoje", de
modo que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado, pois passamos a ser participantes de Cristo,
desde que, de fato, nos apeguemos até o fim à confiança que tivemos no
princípio</span></i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 10pt; line-height: 115%;">. </span><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Hebreus
3:12-14<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Examinem-se para ver se vocês estão na fé; provem-se a si
mesmos</span></i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 10pt; line-height: 115%;">. </span><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">2 Coríntios 13:5ª<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span style="color: white;">Não precisamos temer o que pode
surgir! Cristo morreu por nós enquanto ainda éramos pecadores! Quanto mais Deus
não demonstrará seu amor para conosco agora que buscamos por sua graça!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><span style="color: white;">Que o Espírito Santo clame em nossos
corações contra toda a injustiça em nós, contra todo o pensamento que se
levante contra o conhecimento de Cristo!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; color: white;"><i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que
apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que
é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede
transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual
seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus</span></i><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 10pt; line-height: 115%;">. </span></span><span style="font-size: 10.0pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="background-color: black; color: white;">Romanos 12:1-2</span><o:p></o:p></span></div>
Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-88427772851469395382014-11-05T13:16:00.001-08:002014-11-05T13:16:28.133-08:00Comfortably numb<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">Como já cantava a consagrada
banda inglesa <i>Pink Floyd</i> no final da
década de 70 “I have become comfortably numb...” (“Eu me tornei
confortavelmente insensível, cauterizado, vazio”). Ao que me parece, quanto
mais avançamos no tempo, essa é uma situação cada dia mais freqüente. A cada
dia que passa, a cada geração que surge, mais instrumentos anestésicos se
formam para insensibilizar toda a dor do ser humano. Isso por si só já é um
problema, pois a dor é um mecanismo importante de<span class="apple-converted-space"> </span><span class="textexposedshow">defesa da
vida; contudo, além disso, essa anestesia nos torna apáticos a todo o resto. E
nos conformamos, acostumamo-nos e até ficamos confortáveis com essa situação.
Prova disso são os crescentes usos e abusos de drogas lícitas e ilícitas,
remédios e meios de entretenimento, que 24h por dia nos distraem da dor, dos
sentimentos, dos conflitos, e nos levam a um ciclo que parece eterno (mas não
é) de fuga, de inconstância. Vivemos em movimento, a quietude nos incomoda. A
história comprova isso.</span><o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">O livro de Eclesiastes fala muito
sobre isso. Seu assunto principal trata de como tantas coisas que tão
ansiosamente e angustiadamente buscamos não passam de uma “corrida atrás do
vento”. O próprio autor do livro, o rei Salomão, relata que por muito tempo se
dedicou a “buscar a alegria, as coisas boas da vida”: construiu casas, plantou
pomares, adquiriu bens, conquistou mulheres, entregou-se à embriaguez. Não
negou nada que seus olhos desejassem. Entretanto, concluiu que isso de nada lhe
servira; o melhor que conquistou foi uma porção de alegria passageira, e nada
mais.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; line-height: 150%;"><span style="color: white; font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: large;">O evangelho de Jesus Cristo propõe ao homem um encontro com o
Criador de todas as coisas, aquele que pode dar real significado à vida. O preço
que Jesus pagou ao morrer na cruz foi para nos libertar da nossa “maneira vazia
de viver, que por tradição herdamos de nossos antepassados”. Ele afirmou: “Eu
vim para que tenham vida plena”, e disse que ele jamais rejeitaria quem se
achegasse a ele. Sua graça vem ao encontro de nossos anseios mais profundos,
nossa busca por paz, por significado na vida, nosso desejo por justiça. Não
precisamos mais nos conformar ao vazio existencial! Hoje é o dia de se libertar
da anestesia, do vazio. Se tens dúvida sobre esse assunto, se queres saber
mais, estou à disposição através do endereço eletrônico bkbainy@hotmail.com .</span></span><span style="font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-77920527625526225992014-09-07T17:58:00.000-07:002014-09-07T17:58:29.634-07:00O escândalo de João Batista<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;"><span style="color: white; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Uma dos relatos neotestamentários
mais provocativos é o que se encontra no evangelho de Mateus, nos primeiros
versículos do capítulo 11. Trata-se de um questionamento do profeta João
Batista com relação ao ministério de Jesus. João estava preso, por denunciar os
pecados do governador Herodes, e de sua prisão envia alguns discípulos seus
interrogar Jesus: “És tu aquele que havia de vir ou esperamos outro?”. Essa
pergunta é um tanto quanto interessante, pois revela uma dúvida conceitual de
João: seria Jesus o libertados prometido por Deus? Para avaliar o teor do
questionamento, precisamos entender o contexto histórico e religioso da época.
Os judeus esperavam um enviado divino para trazer libertação, sobretudo
política, e assim restaurar o Estado de Israel. Jesus, no entanto, apesar de
seus feitos e discursos notáveis, não caminhava para essa direção. Certamente
João não duvidava da pessoa de Jesus, nem de que ele era o filho de Deus (ele
mesmo ouvira a voz de Deus em testemunho a esse fato). Sua expectativa é que
estava errada: ele não conseguia compreender o ministério daquele que era o
Cristo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 12pt;">A reação de Jesus foi
surpreendente. Sua atitude imediata foi a de operar curas e sinais miraculosos
(Lucas 7:21), e então ordenou aos seguidores de João que transmitissem ao
profeta o que eles haviam presenciado. A isso, ele adicionou: “feliz é aquele
que não se escandaliza por minha causa".</span><span style="font-size: 12pt;"> Com esse conjunto de ações, Jesus quis
dizer, em outras palavras: “Sou eu mesmo, e é isso o que vim fazer. Não vim
cumprir agenda política; não vim satisfazer necessidades imediatas. Vim para
trazer o reino de Deus, e feliz é aquele que compreende isso”. João Batista foi
confrontado com essa verdade. Ele precisou corrigir suas ideias sobre quem o
Cristo deveria ser. <o:p></o:p></span></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 42.55pt;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: Helvetica Neue, Arial, Helvetica, sans-serif;">Ainda nos dias atuais Jesus choca muitas pessoas. Seu
discurso de arrependimento, humildade e amor serviçal não têm popularidade em
um mundo saturado de autossuficiência e prepotência. Diante de tudo isso, resta
que indaguemos a nós mesmos: Qual é a nossa expectativa com relação ao Filho de
Deus? O que nós esperamos dele? Será que buscamos nEle algo que ele não se
propôs a oferecer? Será que aceitamos aquilo que ele verdadeiramente veio nos
ofertar? O propósito de sua vinda ainda é o mesmo, ele continua sendo o mesmo
(Hebreus 13:8).</span></span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: 'Courier New';"><o:p></o:p></span></span></div>
Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-89633043020155441672014-08-03T05:01:00.001-07:002014-08-03T05:01:38.770-07:00O sentido das coisas<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: 'Courier New'; font-size: 12pt;"><span style="color: white;"><span style="background-color: black;">Uma das maiores inquietações do ser humano diz respeito ao
sentido das coisas. Esse tópico talvez seja um dos grandes desafios
filosóficos, mas também se encontra impregnado no nosso modo de vida e até
mesmo no nosso subconsciente. Por mais que alguém possa negar inquietar-se com
tal assunto, inevitavelmente todos nós buscamos respostas, seja em uma atitude
contemplativa da vida, ou em alguma religião, ou através de crises pessoais. </span><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: 'Courier New'; font-size: 12pt;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: 'Courier New'; font-size: 12pt;"><span style="color: white;"><span style="background-color: black;">Um dos livros da Bíblia, Eclesiastes, cuja autoria é
tradicionalmente atribuída ao sábio rei Salomão, trata basicamente sobre esse
assunto, utilizando exemplos cotidianos e observações do comportamento humano e
da natureza para examinar essa questão. Uma das conclusões que considero mais
impressionantes e provocativas está no capítulo 8, verso 17: “...percebi tudo o
que Deus tem feito. Ninguém é capaz de entender o que se faz debaixo do sol.
Por mais que se esforce para descobrir o sentido das coisas, o homem não o
encontrará. O sábio pode até afirmar que entende, mas, na realidade não o
consegue encontrar.” Que será que Salomão quis dizer com isso? Que estamos
condenados a uma vida sem significado, vazia de sentido? Certamente que não!
Examinando o livro de Eclesiastes, percebemos que há duas “veias” que correm
desse texto: uma delas é a constante repetição da sentença “isso também não faz
sentido” – sempre adjacente aos exemplos de incoerência, injustiça e maldade
que há no mundo; já a outra diz respeito aos prazeres que Deus concede ao ser
humano: comer, beber, alegrar-se com seu trabalho e aproveitar a vida com sua
família. Eclesiastes fala dos desafios que temos neste mundo. Fala das nossas
desilusões e lutas cotidianas, mas fala também das nossas alegrias passageiras.
<o:p></o:p></span></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: 'Courier New'; font-size: 12pt;"><span style="background-color: black;"><span style="color: white;">Naquilo que até hoje consegui compreender e aprender do livro
de Eclesiastes, penso que sua essência de fato aponta para a transiência e
incompletude da nossa experiência terrena. Verdadeiramente o significado de
nossa existência não se encontra “debaixo do sol”. A existência da maldade
também macula os poucos reais motivos com que podemos nos alegrar, e mascara a
vaidade com aparência que nos satisfaça. E, apesar de tudo, a suprema conclusão
de Salomão, com todos os seus diagnósticos e pareceres, é: “Tema a Deus” (Ec
12:13). Num final de vida, em que já não há satisfação plena, o que remanesce é
a confiança e esperança em Deus, aquele que É, por excelência, a fonte de vida
e de significado.</span></span><span style="background-color: white;"><o:p></o:p></span></span></div>
Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-30588758053124722482014-07-06T07:56:00.001-07:002014-07-06T07:56:43.296-07:00Narciso, seu espelho, e o egoísmo nosso de cada dia<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: 'Courier New'; font-size: 12pt;"><span style="color: white;">A mitologia grega conta de um jovem que se considerava tão
belo que sua beleza só poderia se comparar à dos deuses. Após rejeitar o amor
de uma ninfa, em virtude se achar incomparável, Narciso foi alvo de uma
maldição, a de se apaixonar por sua própria imagem. Certo dia, o belo rapaz
teria se debruçado sobre uma fonte de águas para beber, e, ao contemplar sua
própria imagem, foi por ela seduzido e permaneceu em contemplação até morrer. Pode
até parecer absurdo, mas temos tanto de Narciso em nós mesmos que nem damos
conta de perceber. Nosso sofrimento é sempre pior do que o do outro. A alegria
do outro é fútil, mas a minha tem fundamento. Quando o outro está com pressa,
“azar o dele”, mas quando eu estou apressado é por uma necessidade real.
“Narciso acha feio tudo o que não é espelho”, diz uma música, e, com efeito,
nós também tendemos a ignorar ou menosprezar aquilo que não aponta pra nós. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: black; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: 'Courier New'; font-size: 12pt;"><span style="color: white;">Apaixonados por nós mesmos como por encanto, parecemos
incapazes de recuar do reflexo de nossa própria figura. E nesse contexto
egocêntrico, em que tudo o que enxergo remete a mim mesmo, nada mais natural do
que buscar a auto-satisfação e auto-gratificação, confundindo essa busca com o
próprio sentido da vida. Desde a antiguidade surgiram até mesmo correntes
filosóficas formais que estabeleceram o prazer como bem supremo, como o
Hedonismo grego e o Utilitarismo britânico. Embora essas doutrinas, em alguns
pontos, incluam aspectos sociais de benefício mútuo, elas apontam de forma
muito mais enfática para o bem-estar e felicidade individuais em detrimento do
coletivo, além de tornar subjetivos os critérios éticos e morais. <o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: 'Courier New'; font-size: 12pt;"><span style="background-color: black; color: white;">Onde essa atitude interior e esse modo de viver nos levam? “De
onde vêm as guerras e contendas que há entre vocês? Não vêm das paixões que
guerreiam dentro de vocês? Vocês cobiçam coisas, e não as têm; matam e invejam,
mas não conseguem obter o que desejam. Vocês vivem a lutar e a fazer guerras. Não
têm, porque não pedem. Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos
errados, para gastar em seus prazeres”, é o que escreveu Tiago em sua carta (Tg
4:1-3), fazendo perguntas que respondem a si mesmas, apontando o perigo do
egoísmo narcisista. Muitas vezes utilizamos até a nossa fé em Deus como
instrumento de conquistas pessoais. A vida que todos nós procuramos não está na
gratificação pessoal. Quanto mais buscamos e cavocamos em nós mesmos, mais nos
perdemos e nos distanciamos da essência da vida, mais ambiciosos e fúteis nos
tornamos. Precisamos nos afastar desse espelho, voltar nossos olhares para
Deus, o autor e mantenedor da vida, e para o nosso próximo, a quem nos foi dada
a tarefa de amar.</span><span style="background-color: white;"><o:p></o:p></span></span></div>
Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-47342899824947049032014-05-04T07:19:00.003-07:002014-05-04T07:19:36.793-07:00Se eu digo a verdade, por que vocês não acreditam?<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black; font-size: 12pt;"><span style="color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Poucas situações são tão incômodas quanto aquelas em que não
somos acreditados. Seja em uma falsa acusação, em que inutilmente tentamos
rebater argumentos, seja em um alerta ou conselho dado, em que com argumentos
buscamos convencer alguém sobre algum risco ou sobre o melhor caminho a ser
tomado. A falta de confiança ou de crédito em nossas palavras fere nossa
dignidade, principalmente quando nosso estilo de vida mostra a nossa
sinceridade e boas intenções.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt;">Muita gente admite que Jesus foi um ser humano exemplar,
acredita nele como uma espécie de profeta ou “espírito iluminado”. Cabe aqui
dizer que ele nunca reivindicou algum desses títulos. O evangelho de João, todavia,
relata vários episódios nos quais Cristo afirma quem realmente é: o Filho de
Deus. E é notável o embate que se forma entre Jesus, defendendo sua identidade
e sua missão, e os líderes religiosos judeus, que tentavam provar que ele era
uma fraude, com destaque para os relatos dos capítulos de 6 a 9. Um dos ápices
está no capítulo 8, versículo 46: “Qual de vocês pode me acusar de algum
pecado? Se estou falando a verdade, por que vocês não crêem em mim?</span><span style="font-size: 12pt;">”. Ambas as perguntas soam
retóricas; não parece haver necessidade de resposta, pois elas objetivaram
confrontar a incredulidade dos judeus. A primeira delas diz respeito ao caráter
do Cristo: a árvore é conhecida pelos frutos, e não havia nada nele que o
pudesse condenar ou invalidar seus ensinamentos e suas palavras. Pelo
contrário, suas boas obras, sábias palavras e os sinais que fazia só poderiam
ser vindos do próprio Deus. A segunda pergunta vai de encontro ao âmago da
questão: ninguém poderia desacreditá-lo, a não ser com mentiras ou estórias
inventadas, mas mesmo assim as pessoas encontravam dificuldades em crer nele.
Ninguém conseguia contestar sua sabedoria, e pouquíssimos rejeitariam seus
milagres. Mas a grande maioria dos que conviveram com ele, mesmo os que foram
beneficiados por suas obras, nunca o conceberam como quem Ele mesmo afirmava
ser, Filho de Deus, Redentor da humanidade, único caminho para o Pai. E ainda
hoje é assim. Jesus “veio para o que era seu. Mas os seus não o receberam.
Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de
se tornarem filhos de Deus” (João 1:11,12). Ele não está interessado em
admiradores, e muito menos em palavras de afirmação, mas em corações que
creiam. <o:p></o:p></span></span></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-size: 12pt;"><span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">O fato é que a verdade está aí, absoluta e independente se
acreditamos nela ou não. Mas se lhe dermos uma chance, o conhecê-la e o
vivenciá-la têm poder para mudar nossa vida pra melhor. E você, vai acreditar?</span></span><span style="background-color: white; font-family: 'Courier New';"><o:p></o:p></span></span></div>
Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-37598752299262395942014-04-16T10:32:00.000-07:002014-04-16T10:33:19.416-07:00A Entropia e uma extrapolação<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Uma das variáveis mais importantes no estudo da física,
química e das outras ciências naturais é a entropia. Sua interpretação não é
muito simples, mas possui algumas particularidades muito interessantes. De
forma bastante simplificada, uma delas diz respeito ao grau de ordem ou
desordem (em nível de partículas) de um sistema termodinâmico em transformação.
Se essa transformação for reversível, a variação da entropia do sistema e suas
redondezas é igual a zero, e o sistema não aumenta em ordem ou desordem; se
essa transformação for irreversível, a entropia desse sistema aumenta, bem como
seu grau de desordem interna. A entropia de um sistema nunca diminui, e isso
significa que, a não ser que haja uma influência externa, ele nunca vai se reordenar
espontaneamente, e ao fim dessa transformação haverá uma certa quantidade de
energia que está presente no sistema, mas não está disponível para levá-lo ao
estado original.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><span style="background-color: black;">Esperando não ser uma comparação bizarra, percebo que a vida
humana também possui sua espécie de “entropia”. Baseio essa </span><span style="background-color: black;">comparação em fatos
análogos aos supracitados, com a ressalva que, de forma mais geral, os
processos em nossa vida são irreversíveis e que frequentemente
acrescentamos-lhe “desordem” e “bagunça”. Além disso, sempre parece que por
mais energia que tenhamos e empreguemos para organizá-la e melhorá-la, nunca
obtemos sucesso pleno. É o que o filósofo Lúcio Sêneca denomina </span><i style="background-color: black;">vício</i><span style="background-color: black;"> ou </span><i style="background-color: black;">tédio</i><span style="background-color: black;">: a inconstância dos propósitos, a inquietação da alma frente
suas próprias limitações, incoerências e falhas. Para completar a alegoria,
penso na energia externa que pode restaurar um sistema ao seu estado inicial e
original como a ação do próprio Deus. <o:p></o:p></span></span></span></div>
<span style="background-color: black;"><span style="color: white;"><br /></span></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="background-color: black; color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Cada um de nós possui seu grau de desordem, muitos lutam para
corrigi-lo. No entanto, sozinhos não podemos ir muito longe – faz-se até uma
ironia amarga o fato de criarmos mais desordem do que possamos dar conta. Deus,
em Jesus Cristo, oferece sua graça: “Para isso se manifestou o filho de Deus:
para destruir as obras do diabo” (I Jo. 3:8b) e “Onde aumentou o pecado,
transbordou a graça” (Romanos 5:20). Se o leitor reconhece que em sua vida há
desordem que precisa ser desfeita, e talvez até já tentou desfazê-la com suas
próprias forças, saiba que há um Deus que habita nos altos céus, mas também com
o humilde de espírito que pode e deseja ajudar. Lembre-se de que, quando a
terra estava “vazia e sem forma”, em meio ao caos e desordem, a Palavra de Deus
criou ordem. Lembre-se do Amor que se personificou, e ainda hoje vem ao seu
encontro de braços abertos.</span><span style="background-color: white; font-family: Courier New;"><o:p></o:p></span></span></div>
Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-91775284320864649512014-02-25T08:00:00.000-08:002014-02-25T08:00:06.959-08:00Cristianismo de qualquer jeito?<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sucesso,
prosperidade material, conquistas pessoais e conforto<span class="apple-converted-space"> </span>individual parecem<span class="apple-converted-space"><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;"> </span></span><span style="background-position: initial initial; background-repeat: initial initial;">bandeiras
de alguma vertente capitalista, ou até mesmo de uma filosofia egocêntrica, como
o Objetivismo de Ayn Rand. Mas não são só isso. São<span class="apple-converted-space"> </span><i>slogans</i><span class="apple-converted-space"> </span>de famosas e crescentes denominações
ditas evangélicas. E com tais pilares em sua teologia arrebanham multidões
em busca de felicidade e fim do sofrimento pessoal. Deus, dizem eles (às vezes
nas entrelinhas, às vezes descaradamente), tem a obrigação de cooperar para o
sucesso pessoal de quem está comprometido com os “interesses do Reino”. Remetem
à época das Cruzadas e das indulgências, reconfiguradas para um “segundo tempo”.
Se aproveitando do fetiche brasileiro por amuletos, comercializam água, sal,
rosas, lenços, lâmpadas, e uma infinidade de objetos que garantem o bom sucesso
das campanhas pró-felicidade. E assim legitimam os anseios e cobiças mais
bizarros, despertam o pior lado do egoísmo humano e deturpam feroz e sutilmente
todas as mais essenciais bases dos ensinamentos de Jesus.</span><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<span style="background-color: black;"><span style="color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Muito
longe disso, encontram-se Jesus Cristo e seu evangelho de amor e graça. Há dois
milênios atrás, sua pregação já era subversiva e frequentemente gerava desde
desconforto até extrema irritação. Não hesitou em virar as mesas daqueles que
faziam comércio no templo de Deus, chamando-os de ladrões. Não titubeou ao
sugerir que um jovem rico vendesse tudo o que possuía e doasse aos pobres para
que então pudesse segui-lo. Sem eufemismos, disse a dois discípulos que queriam
destaque que aquele que quer ser grande deve se tornar o menor, o servo de
todos. Prometeu uma cruz a ser carregada a quem quisesse segui-lo e afirmou que
somente mediante o arrependimento podemos ver o Reino dos Céus.<span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></span></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: start;">
<span style="background-color: black; font-size: 13.5pt;"><span style="color: white; font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> </span></span><span style="background-color: black; color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: justify;">Ao
comparar esses discursos se percebe claramente que possuem diferentes
freqüências, diferentes fontes. Soam diferentes porque possuem interesses e prioridades
distintas. Não há relação entre eles e, ao contrário do sincretismo comercial
assumido pela teologia da prosperidade, Jesus não admite coadjuvantes em sua
obra salvadora: “Ninguém vem ao Pai a não ser por mim” (João 14:6). Só quem
deposita extrema confiança e amor no dinheiro pode achar que alguns trocados
ofertados podem nos gerar bênçãos divinas. O cristianismo inaugurado em Jesus
aponta para uma vida inteira sob os cuidados de Deus. Aponta para o
arrependimento de obras mortas e a reconciliação com Deus através de Jesus.</span><span class="apple-converted-space" style="background-color: black; color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: justify;"> </span><span style="background-color: black; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: justify;">“Não será assim entre
vocês. Pelo contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser
servo, e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem,
que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por
muitos”<span class="apple-converted-space"> </span></span><span style="background-color: black; color: white; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; text-align: justify;">(Mateus 20:26-28).</span></div>
</div>
Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-78456625621375604072013-07-13T19:43:00.001-07:002013-07-13T19:43:43.044-07:00Provocações <div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Muitas das questões/problemas do
mundo pós-moderno, com respeito principalmente ao ser humano, têm como razão de
ser a retirada de padrões (por exemplo, a não existência de certo e errado), ou
ainda, a validação de inúmeros padrões (todas as possibilidades são corretas). Faltam definições. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um dos maiores enganos da
filosofia pós-moderna é a desconstrução dos saberes, a relativização do
discurso. Algumas das bandeiras dessa filosofia são: o preceito de que a
realidade é pessoal, ou seja, eu tenho minha própria interpretação das coisas;
e a segunda pressupõe o abandono da busca pela verdade. Quanto ao primeiro
ponto, se eu sou “dono” da realidade (pelo menos da minha própria – que é a que
importa), tenho que partir do pressuposto que sou perfeito, para que minha
interpretação da verdade seja perfeita. Se não o sou, minha perspectiva estará
distorcida, e provavelmente estarei deixando de perceber coisas. Quanto ao
segundo ponto, está conectado ao primeiro, e mostrarei como. A negação de uma
verdade absoluta é a própria condição necessária para que eu assuma a minha
versão dos fatos como a mina verdade. Se eu aceitar que há uma verdade
absoluta, externa a mim, seria incoerente ao me limitar à minha concepção das
coisas.</div>
<div style="border-bottom: solid windowtext 1.5pt; border: none; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 1.0pt 0cm;">
<div class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext 1.5pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify;">
Imaginando
uma atitude completamente oposta à do pós-modernismo, teria que: 1) Existe uma
verdade, um referencial absoluto; e, 2) Esse referencial não sou eu. Há,
portanto, algumas implicações óbvias desses postulados. A primeira, e mais
importante delas, é a de que posso estar errado, equivocado quanto à minha
compreensão. Logo, devo estar disposto a “enfrentar” essa distorção da minha
versão da realidade. Segundo, assumindo minha “distorção”, devo me dispor a
buscar essa verdade que está fora de mim, e aceitar, em mim mesmo, que sou alvo
dessa verdade, e que existo nela. </div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext 1.5pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext 1.5pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify;">
Entretanto, se essa verdade
externa existe, e se eu mesmo existo numa realidade que não é particular minha,
como devo buscá-la? Sabiamente um filósofo afirmou que cada problema deve ser
analisado à luz de uma ciência que o transcenda. Por exemplo, não posso
empregar a matemática para resolver um problema biológico. Devo buscar a
solução dentro da biologia. Mas, como classifico o problema da realidade? Certamente
a realidade possui várias facetas, que compõe o mundo físico, que inclui as
coisas que podem ser estudadas objetivamente – como as leis físicas, e o mundo
metafísico, que inclui as idéias, os estudos da alma e da mente, e outros
aspectos mais subjetivos.</div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext 1.5pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext 1.5pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify;">
Para essa
busca da verdade, vejo duas soluções: ou eu parto do questionamento, e então
conto com a “sorte” de fazer as questões certas que me direcionarão a essa
verdade, ou parto de uma conceituação já estabelecida, e a avalio naquilo que
puder, e assimilo suas leis. Há que se lembrar, entretanto, “que toda e
qualquer ciência está contida ou em uma imanência lógica, ou em uma imanência
dentro de uma transcendência, que ela não consegue explicar”. Ou seja, nem
todas as coisas são explicáveis; em algum momento devo abraçar algum
pressuposto.</div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext 1.5pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="border: none; mso-border-bottom-alt: solid windowtext 1.5pt; mso-padding-alt: 0cm 0cm 1.0pt 0cm; padding: 0cm; text-align: justify;">
Em seguida a continuação... / To be continued...</div>
</div>
Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-88744261295285468392011-07-05T05:16:00.000-07:002011-07-05T05:16:28.829-07:00Geada em Pelotas!!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Em breve posto explicações sobre esse fenômeno meteorológico! Por enquanto, fiquem com algumas imagens:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeXi1J8q0rUjofHMZrHSSdV5Ikx930Hf3i7zTk3_L-M2uqcYGTN9sCkjoU_PniqJF9rUrBYvLg46JM8bCJ_FNkCiE7tax7N9G5-zJp7R6SRau3_46WeSS1yAWFfsHQlv4vWnbPcumkKhA/s1600/IMG_3184.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeXi1J8q0rUjofHMZrHSSdV5Ikx930Hf3i7zTk3_L-M2uqcYGTN9sCkjoU_PniqJF9rUrBYvLg46JM8bCJ_FNkCiE7tax7N9G5-zJp7R6SRau3_46WeSS1yAWFfsHQlv4vWnbPcumkKhA/s320/IMG_3184.JPG" width="320" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDc6-kFzwtiqXVJ2xNAVrn7JmfpbuDTGmCeNMTEo6uAegv3q9UwcTL4DgT7tHJf1NhnohxjoWrszQf281AFetbvfERJV7eCV0UPvUStT0t3srqoTzJVNYoappIlPWjNnu7B85vr10zuj8/s1600/IMG_3185.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDc6-kFzwtiqXVJ2xNAVrn7JmfpbuDTGmCeNMTEo6uAegv3q9UwcTL4DgT7tHJf1NhnohxjoWrszQf281AFetbvfERJV7eCV0UPvUStT0t3srqoTzJVNYoappIlPWjNnu7B85vr10zuj8/s320/IMG_3185.JPG" width="240" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQSUfy_O5G-i9UA7FW-jbvlr7ClevfCWkoEpOlbPi5RvuO6Rm7orBMph_v_8pCpmlZoUY9QUlkUoinY4rpf-oPmNNcSm5DWK-QCfWfJ_Rz0aNFvihoszma6jfSjdjH-JnWDc71jAGqvwg/s1600/IMG_3189.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQSUfy_O5G-i9UA7FW-jbvlr7ClevfCWkoEpOlbPi5RvuO6Rm7orBMph_v_8pCpmlZoUY9QUlkUoinY4rpf-oPmNNcSm5DWK-QCfWfJ_Rz0aNFvihoszma6jfSjdjH-JnWDc71jAGqvwg/s320/IMG_3189.JPG" width="320" /></a></div>Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-40492928303001236082011-06-05T15:01:00.000-07:002011-06-05T15:01:00.052-07:00Musiquinha...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/cXEyy36yZ7I?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-11560742345500980262011-06-05T10:28:00.000-07:002011-06-05T10:28:45.910-07:00Sobre a Humanidade<i>“O espírito crê naturalmente e a vontade ama naturalmente, de modo que, na falta de verdadeiros objetos, é necessário que se apeguem aos falsos” (Pascal)<br />
<b></b></i><br />
<i><br />
</i><br />
Tenho pensado muito ultimamente na condição do ser humano. Tenho lido um pouco sobre isso também, e admito que comecei pela parte “pessimista” do esquema. <br />
O principal problema da humanidade é o fato de que nós não sabemos quem somos. Na verdade, fugimos ao máximo da pergunta e ainda mais da resposta. Minhas reflexões atuais estão direcionadas aos mecanismos psicológicos que nos orientam como ser: ações, pensamentos, sentimentos. <br />
<br />
Quando afirmei que havia começado pela parte pessimista não estava brincando; tenho lido um pouco da teoria psicanalítica de Sigmund Freud, e para fundamentar meus argumentos vou fazer um breve relato do meu entendimento sobre a psicanálise até agora, e acreditem, é bem interessante:<br />
Freud coloca o ser humano na condição do determinismo psíquico, ou seja, não há descontinuidades na vida mental. Nada ocorre ao acaso, e pensamentos, sentimentos e ações possuem causas que serão necessariamente conscientes ou inconscientes. Freud chama de consciente o conjunto das coisas das quais estamos cientes um dado momento. O inconsciente é composto pelos elementos instintivos não-conscientes, obtidos inconscientemente ao decorrer da vida, e que explicam algumas situações da nossa vida (forma como agimos ou pensamos) que aparentemente não possuem causa evidente. “Memórias muito antigas, quando liberadas à consciência, não perderam nada de sua força emocional” (Fadiman e Frager, 1979). O pré-consciente são partes do inconsciente que se tornam conscientes com facilidade (pois geralmente o inconsciente não está acessível à consciência).<br />
<br />
Colocando de uma forma bastante resumida, Freud diz que a dinâmica mental é composta de duas etapas: tensão e alívio da tensão. Para isso, atribui-se ao fator que tem como finalidade reduzir a tensão o nome de pulsão ou instinto (pressão que faz o organismo tender ao um alvo). Instinto tem uma característica mais hereditária, de comportamento herdado e que pouco varia na espécie, enquanto que a pulsão passa por etapas mais complexas. Ambas possuem quatro componentes: fonte (de tensão), finalidade (reduzir tensão), pressão (força empregada no processo) e objeto(que inclui tudo o que permite a satisfação da necessidade, incluindo o próprio processo).<br />
<br />
Freud também fala de dois tipos de instintos básico: a libido (originalmente denotando energia sexual, mas que depois passou a denotar instinto para a vida, frequentemente expresso na sexualidade) e o instinto agressivo (energia destrutiva), opostos entre si.<br />
<br />
Na psicanálise o principal desafio à psique é encontrar formas de enfrentar a ansiedade (tensão). E isso pode ser feito enfrentado o problema diretamente ou criando distorções, os mecanismos de defesa. São eles: <br />
<br />
• Repressão: afastar o problema da consciência;<br />
• Negação: não aceitação de um ato que perturba o ego (parte “moral” da personalidade), do forma que a própria memória é subjugada;<br />
• Racionalização: achar motivos aceitáveis para processos que nossa moral reprovaria (Ex: “Eu fiz isso para seu próprio bem”, pode expressar: ” eu quero fazer isso para você. Eu não quero que façam isso comigo. Eu até quero que você sofra um pouco” (Fadiman e Frager, 1979));<br />
• Formação reativa: substitui o desejo real por um diametralmente oposto. <br />
• Projeção: atribuir qualidades, sentimento e ações que se originam em si próprio a um outro ser. Ex: quando se diz “Os homens querem apenas uma coisa”, na verdade pode estar querendo se dizer “eu penso muito sobre sexo”.<br />
• Isolamento: separar as o motivo da tensão do resto da psique, gerando indiferença a um assunto que, na verdade, produziria muita inquietação.<br />
• Regressão: retorno a um nível de desenvolvimento anterior. Inclui: fumar, embriagar-se, roer unhas, quebrar leis, apostar, arriscar-se, etc.<br />
<br />
Ao estudar isso muita coisa veio à minha mente. A complexidade inerente à nossa personalidade é realmente perturbadora. A nossa história compõe a nossa personalidade. Há tantas inquietações, tantas ações, pensamentos e sentimentos que se formam em nós e que nos perturbam e contra os quais lutamos, ou pelos quais nos condenamos, e dos quais nada sabemos senão o resultado final. <br />
Falta sinceridade com nós mesmos. Falta autoanálise. Enquanto não nos conhecemos deixamos de ser aquilo para o qual existimos, a nossa identidade, e deixamos pra trás feridas abertas, situações mal-resolvidas, e uma existência cheia de vazio. Perguntas questionando nossas ambições, sentimentos com relação a nós mesmos e a outros, nossas tendências e inclinações, medos, a forma como satisfazemos nossas necessidades. Sem julgamentos prévios. As conclusões e a moralidade devem ficar para um segundo momento. Por exemplo, muitas vezes não admitimos que somos vingativos porque condenamos esse tipo de comportamento. Mas na verdade nossos sentimentos são profundamente vingativos, e nossa atitude de negação limita a nossa cura.<br />
<br />
Quero encerrar citando Pascal (Pensées – Pensamentos):<br />
<br />
“Quando não se sabe a verdade de alguma coisa, é bom que haja um erro comum que fixe o espírito dos homens, por exemplo, a Lua, à qual se atribui a mudança das estações, o progresso das doenças, etc. “<br />
<br />
“É preciso conhecer-se a si próprio; se não servisse para encontrar a verdade, pelo menos serviria para regular a própria vida, e nada mais justo”.<br />
“As coisas têm diversas qualidades e a alma, diversas inclinações, pois nada do que se oferece à alma é simples e a alma nunca se oferece simples em nenhuma situação. Disso decorre que se chora e se ri de uma mesma coisa.”<br />
<br />
“Condição do homem: inconstância, tédio, inquietude.”<br />
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“Nós não nos contentamos com a vida que temos em nós e em nosso próprio ser: queremos viver na idéia dos outros com uma vida imaginária e para isso nos esforçamos em parecer. Trabalhamos sem cessar em embelezar e conservar nosso ser imaginário e negligenciamos o verdadeiro. E se tivermos tranqüilidade, generosidade, fidelidade, nos apressamos em fazê-los saber a fim de ligarmos essas virtudes a nosso outro ser e as desligaríamos de nós para acrescentá-las ao outro(...)”<br />
<br />
“O homem não é anjo nem animal e a desgraça é que quem quer fazer o anjo faz o animal”<br />
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Referências bibliográficas:<br />
- Teorias da Personalidade, Fadiman, J. e Frager, R., São Paulo: Harper e Row do Brasil, 1979;<br />
- Pensamentos, Blaise Pascal, editora Escala.Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-79433924246685911492011-03-27T06:50:00.000-07:002011-03-27T09:53:38.518-07:00O vício - The vice (below)Saber definir emoções e sentimentos não é lá uma coisa fácil ou simples. Dissertar sobre elas ou concluir coisas acerca delas é ainda mais desafiador. Circunstâncias, lembranças e muitos outros fatores podem nos levar de uma emoção a outra, e, além disso, há aqueles momentos em que nos sentimos “estranhos”, desconfortáveis, etc. Realmente me instigam aquelas pessoas que aparentemente não se comovem com nada, não sofrem, não têm dias ruins, não se sentem “estranhos” às vezes. Me questiono se é assim mesmo ou se outras coisas se passam por trás de tudo.<br />
<br />
Por várias vezes me pego analisando as coisas: observando pessoas, atitudes, modas, comportamentos e tendências. Observo também como o mundo gira, como as coisas acontecem ao nosso redor. Então me sinto vivendo uma realidade distorcida. Penso nas motivações dos nossos relacionamentos. Penso na “luta de classes”, na desigualdade social. Observo as pessoas ao meu redor (e me vejo nelas) e percebo como estão resignadas, acomodadas aos seus” destinos” tão carentes de vida. Parece que estamos destituídos de quem na verdade somos.<br />
<br />
Lúcio Sêneca, filósofo latino, definiu essas condições que citei acima de uma forma que considero bastante completa:<br />
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<i> Todos eles estão na mesma situação, tanto os que estão envergonhados por sua própria leviandade – pelo tédio e pela contínua mudança de propósitos, aos quais agrada sempre mais o que foi abandonado – quanto àqueles que relaxam e passam a vida bocejando. (...) São inúmeras as propriedades do vício, mas seu efeito é um só: o de aborrecer-se consigo mesmo. Isto nasce do desequilíbrio da alma e dos desejos tímidos ou pouco prósperos, visto que não ousam tanto quanto desejam ou não o conseguem. Dessa forma realizam-se apenas na esperança. Sempre são instáveis e volúveis. Por todas as vias tentam realizar seus desejos. Eles se instruem e se conduzem para coisas desonestas e difíceis e, quando o seu trabalho é frustrado, atormentam-se não por terem desejado o mal, mas por tê-lo desejado em vão.<br />
Então eles se arrependem de terem recomeçado e temem recomeçar. Daí advém uma agitação que não encontra saída, porque não podem nem dominar nem se submeter aos seus desejos. Em conseqüência, reflete-se a indecisão de uma vida que pouco se expande e o torpor de uma alma em meio aos seus desejos fracassados.<br />
(...) não suportando nada por muito tempo e fazendo das mudanças lenitivo para suas dores.<br />
</i><br />
(trecho do livro “Da tranqüilidade da alma”,p.42ss, publicado pela coleção L&M POCKET)<br />
<br />
Isso que mais me comove e incomoda quando reflito sobre a humanidade é o que Sêneca chamou de “vício” ou “tédio”. Quem de nós não se identifica, ao menos parcialmente, com os diagnósticos do filósofo? Quem de nós nunca teve seus desejos fracassados ou fez das mudanças lenitivo para suas dores?<br />
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Mas a questão principal é: até que ponto nos conformamos com isso? Até quando viveremos isso?<br />
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The Vice<br />
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Knowing how to define emotions and feelings is not an simple or easy thing to do. To expatiate about them or to conclude things about them is even more challenging. Circumstances, memories and many other factors can lead us from one feeling to another, and, furthermore, there are those moments in which we feel “strange”, uncomfortable, just to point some emotions. It really incites me those people who apparently are not moved by anything, who do not suffer, do not have bad days, do not feel “strange” sometimes. I ask myself if it´s really like that or if there’s something else behind that appearance.<br />
<br />
Several times I catch myself analyzing things: observing people, attitudes, fashions, behaviours and tendencies. I gaze also the way world spins, the way things happen around us. Then I feel like I’m living a distorted reality. I think about the “class struggle”, about the social inequality. I observe people around me ( and I see myself in them) and I realize how resigned they are, comfortable on their lifeless “destinies”. It seems we are deprived of who we are.<br />
<br />
Seneca, an Latin philosopher, defined these conditions I pointed above in a way I find very proper: <br />
<br />
<i>All are in the same condition, not only those who are troubled with fickleness and disgust and a constant change of purpose, who are always better pleased with what they have given up, but also those who are languid and sleepy. (…)Moreover, there are countless peculiarities of the disease, but only one effect,--to be dissatisfied with themselves. This arises from a lack of proper control over the mind, from faint-hearted and unrealized desires; on this account they either date not do as much as they desire or fail of success and live entirely upon hope, and are always fickle and vacillating, which necessarily befalls those who are in suspense in regard to the accomplishment of their wishes; they spend their whole life in this way and teach and compel themselves to use dishonorable and difficult means; and when their effort is without reward, useless disgrace vexes them, and they regret not that they have done wrong, but that they have wished for it in vain. Then repentance for what they have begun, and fear of beginning something new restrains them, and there gradually steals over them that vacillation of mind which finds no end, because they can neither command nor obey their passions, the dallying of a life which is not developing itself, and the dullness of a mind which is becoming torpid amid its disappointed hopes. <br />
(…)enduring nothing long and using changes as remedies.<br />
</i><br />
(taken from <a href="http://www.molloy.edu/sophia/seneca/tranquility.htm">http://www.molloy.edu/sophia/seneca/tranquility.htm </a>on 27th march, 2011 - Book “ On tranquility of mind” – De tranquillitate animi)<br />
<br />
That thing, which most move and bother me when I think about humanity is what Seneca called “vice” or “fickleness”. Who of us do not identify, at least partially, with the philosopher’s diagnosis? Who of us has never had their wishes frustrated or used changes as remedies?<br />
<br />
But the main question is: for how long will we be resigned to this? How far will we live this?Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-65129995255085273702011-03-23T18:42:00.000-07:002011-03-23T18:42:04.523-07:00Por que?Pessoal, resolvi postar hoje alguns pensamentos que tive alguns dias atrás.<br />
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Olhos cheios e o coração vazio<br />
As conquistas, nada são além de pó<br />
E tantos sonhos não passam de ilusão<br />
Tudo é vaidade!<br />
<br />
Por que não posso desejar só que amo?<br />
E por que não consigo amar só o que é puro?<br />
Por que não me contento com o que tenho?<br />
Por que não se satisfazem os olhos com o que é belo?<br />
<br />
Por que não se farta o coração com o que é singelo?<br />
Por que guardar rancor se há perdão?<br />
Por que tanto lutar pelo que é vão?<br />
Por que há cobiça onde há abundância?<br />
<br />
<br />
<br />
Acho que todos os questionamentos que tivermos sobre a vida, desde que sinceros, podem nos levar a uma maior compreensão daquilo que ela abrange. De modo semelhante, reflexões sobre nossos atos e motivações podem revelar coisas sobre nós, bem como nos indicar melhores caminhos pelos quais podemos conduzir nossas vidas.Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-68363947059374317772011-03-10T15:06:00.000-08:002011-03-10T15:31:03.688-08:00Uma questão de necessidade!Pessoal, resolvi voltar a escrever. Agora que possuo mais tempo livre, quero dedicá-lo, em parte, à essa função que me edifica tanto. Vou tratar de temas filosóficos, sociais, educacionais e, obviamente, meteorológicos (minha formação).<br /><br />Hoje resolvi postar um texto que escrevi há vários anos, no ensino médio. É um artigo de filosofia que apresentei em uma espécie de "mini-congresso" que tivemos no então denominado CEFET-RS. Espero que leiam e comentem.<br /><br /><br />Uma questão de ... Necessidade!!<br /><blockquote></blockquote><div align="center"><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>Introdução: </strong></span></div><span style="font-family:trebuchet ms;"><div align="left"><br />Pretendo, a partir deste trabalho, apresentar e explorar algumas das questões que vejo ser de imensurável importância na vida de qualquer ser humano, questões estas que tangem a existência e significado da vida humana, e analisa-las à luz das nossas necessidades enquanto seres humanos. Para justificar essa minha escolha, cito Maslow:<br /><br /><em>“É inteiramente verdadeiro que o homem vive apenas de pão – quando não há pão. Mas o que acontece com os desejos do homem quando há muito pão e sua barriga está cronicamente cheia? Imediatamente emergem outras (e superiores) necessidades e são essas, em vez de apetites fisiológicos, que dominam o seu organismo. E quando elas, por sua vez, são satisfeitas, novamente novas (e ainda superiores) necessidades emergem e assim por diante”</em>(Maslow, Motivation and Personality, New York: Harper and Row, pg 38, citado por Fadiman e Frager, Teorias da Personalidade, 1979, Harbra).<br /><br /><strong>Desenvolvimento</strong>:<br /><br />Breve exposição do trabalho de Abraham Maslow<br /><br />Maslow expôs, em sua pesquisa, uma hierarquia das necessidades humanas, que devem ser supridas a fim de que o indivíduo possa desfrutar de uma vida plena. Ele as classificou assim:<br /><br />- necessidades fisiológicas, tais quais fome, sono, etc;<br />- necessidade de segurança, como estabilidade;<br />- necessidade de amor e pertinência, como a família e as amizades;<br />- necessidade de estima, de aprovação e auto-respeito;<br />- necessidades de auto-atualização, terminologia que remonta a filosofia aristotélica de potência e ato. É a utilização das potências humanas, que promoverão o desenvolvimento.<br /><br /></div><div align="left">Para Maslow esses seriam os “ingredientes” para uma vida completa em seu significado e repleta de satisfação. Ele ainda sugeriu o termo “metamotivação”, que é referente ao comportamento inspirado por valores e necessidades de crescimento, e toma a forma de ideais ou metas que produzem um sentimento de realização pessoal. Ele também propõe a existência de “queixas” e “metaqueixas”, que se referem à reclamações geradas por necessidades frustradas. As queixas se devem à níveis mais básicos na escala de necessidades; já as metaqueixas demonstram um nível mais profundo de necessidades, como a necessidade de perfeição, justiça e verdade, visto que as necessidades “inferiores” já foram satisfeitas. </div><div align="left"></div><div align="left">Motivações que nos movem à busca de metas positivas e que vão além de uma simples gratificação de necessidades são denominadas por Maslow de “motivação do ser”, superior à “motivação de deficiência”, visto que esta existe como um meio de satisfazer necessidades frustradas ou privadas. A “cognição de deficiência” os objetos são tidos como meros preenchedores de necessidades, levando o indivíduo a olhar à sua volta com a perspectiva da necessidade. Por outro lado, a “cognição do ser” valoriza aquilo que é, sem buscar harmonizar as coisas com as suas necessidades, fazendo com que a percepção seja mais rica e completa. Ele também analisou o amor na vida das pessoas e chamou de “amor de deficiência” aquele amor que só existe devido à uma necessidade interna de ser aceito ou de ser amado em troca, e nomeou de “amor do ser” o amor que é desinteressado, que busca o bem do outro, o amor altruísta. Maslow vê o ser humano como auto-suficiente e como bom por essência.<br /><br /></div><div align="left">Diante do trabalho de Abraham Maslow podemos perceber que o ser humano é repleto de carências, de necessidades que vão desde as mais simples até as mais complexas. Podemos ver que existem dois tipos de manifestações nos nossos pensamentos, sentimentos e atitudes: um deles são as manifestações decorrentes da nossa própria necessidade e o outro é oriundo de fatores extra-necessidade, ou mais “sublimes”.<br /><br /></div><div align="left"><strong>Olhando mais a fundo<br /></strong><br /></div><div align="left">Gostaria de refletir um pouco, seguindo essa linha de pensamento orientada pela necessidade, sobre a urgência do homem em saber o motivo da sua existência. Martin Heidegger afirmou não ser relevante a origem do ser, o importante é que ele existe e está aí; mas devo fazer uma objeção a esse pensamento. A origem do ser é, sim, uma incógnita muito relevante, a menos que se queira simplesmente “estar aí”, porque a origem do ser é o que define o propósito da sua existência. Vamos definir alguns conceitos:<br /><br /></div><div align="left">Meta: Lugar definitivo ou intermediário aonde eu quero chegar. Responde a pergunta aonde?<br /><br /></div><div align="left">Objetivo: Está relacionado com o que se pretende caso a meta seja alcançada. Responde à pergunta para quê?<br /><br /></div><div align="left">Propósito: É a programação interior que me coloca em movimento em certa direção. É a razão por que algo existe. Responde à pergunta por quê?<br /><br /></div><div align="left">Qual seria a necessidade mais profunda de um ser humano? Ouso afirmar que o trabalho de Maslow, embora muito profundo e pertinente, ficou incompleto, pois aquilo que gera a real sensação de realização e o sentimento de uma vida com significado em uma pessoa é o conhecimento do porquê da sua existência. Pois, afinal, só nos sentimos realizados ao cumprir uma tarefa se soubermos o motivo pelo qual a realizamos e se formos bem-sucedidos em seu cumprimento.<br /><br /></div><div align="left">Analisando a nossa sociedade, observamos que os nossos relacionamentos estão cada vez mais objetivados, são cada vez mais motivados pela “deficiência”, pelas nossas carências do que pelo amor verdadeiro. Ao olharmos para as coisas, para as pessoas e para as circunstâncias só conseguimos enxergar objetos que podem saciar os nossos anseios, mesmo que não saibamos bem na verdade quais são eles.<br /><br /></div><div align="left">Retomando os conceitos acima citados, somos capazes de notar que nós, os seres humanos em geral, temos estipulado objetivos para as nossas vidas, como ter um bom emprego, com um ótimo salário para viver confortavelmente, e traçado metas para alcançar esses objetivos, como estudar muito, economizar, etc. Mas está faltando algo nisso tudo. Falta um propósito. Falta saber o porquê da existência.<br /><br /></div><div align="left">Eu disse a mim mesmo: Venha. Experimente a alegria. Descubra as coisas boas da vida! Mas isso também se revelou inútil. Concluí que o rir é loucura, e a alegria de nada vale. Decidi entregar-me ao vinho e à extravagância, mantendo, porém, a mente orientada pela sabedoria. Eu queria saber o que vale a pena, debaixo do céu, nos poucos dias da vida humana.<br />“Lancei-me em grandes projetos: construí casas e plantei vinhas para mim. Comprei escravos e escravas (...). além disso, tive também mais bois e ovelhas do que todos os que viveram antes de mim em Jerusalém. Ajuntei para mim prata e ouro, tesouros de reis e de províncias. Servi-me de cantores e cantoras, e também de um harém, as delícias dos homens. Não me neguei nada que os meus olhos desejaram; não me recusei a dar prazer algum ao meu coração. Contudo, quando avaliei tudo o que as minhas mãos haviam feito e o trabalho que eu tanto me esforçara para realizar, percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento...” (Salomão, Eclesiastes 2 – trecho selecionado, Bíblia, NVI, Vida)<br /><br /></div><div align="left">Posso até mesmo parecer um pouco inconveniente, mas a questão fica ainda mais difícil, ou ainda, impossível de ser resolvida se tentarmos excluir Deus da “jogada”. “A menos que se admita a existência de Deus, a questão que se refere ao propósito para a vida não tem sentido” (Bertrand Russell, filósofo ateu. Não possuo o endereço dessa citação).<br /><br /></div><div align="left">“...Há muitos anos que eu não venho sentindo excitação ao ouvir ou fazer música, bem como ler ou escrever... Eu sou sensível demais. Preciso ficar um pouco dormente para ter de volta o entusiasmo que eu tinha quando criança... Eu tive muito, muito mesmo, e sou grato por isso, mas desde os sete anos de idade passei a ter ódio de todos os humanos em geral... Eu sou mesmo um bebê errático e triste! Não tenho mais a paixão, então lembrem: é melhor queimar do que apagar aos poucos...” (Kurt Cobain, em sua carta-suicida)<br /><br /></div><div align="left">Nesse exemplo real de Kurt Cobain percebemos claramente uma necessidade gritante por significado na vida. Sem a obtenção de respostas, buscava alívio recorrendo às drogas.<br /><br /></div><div align="left">“quando cai a noite, sobra tempo para buscar o sentido da vida, será que alguma vez eu não me senti solitaria? pois muitas vezes, mesmo acompanhada, estava só,nem mesmo sei o que busco, hoje minha unica compania são meus livros, estou kda vez pior, não faço idéia de como isso acabara. “ (orkut, comunidade solidão)<br /><br /></div><div align="left">“(Deus)Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim ele não consegue compreender inteiramente o que Deus fez” (Bíblia, Eclesiastes 3:11, NVI, Vida).<br /><br /></div><div align="left"><strong>Conclusão<br /></strong><br /></div><div align="left">Somente Deus (não me refiro a um deus genérico, muito menos laico, mas a O Deus verdadeiro e onipotente) é capaz de dar sentido pleno e significado completo à nossa vida. De fato, Deus é o divisor de águas, é o ponto chave: aceitar ou rejeitar a sua existência muda completamente os fatos. Mudou para mim.<br /><br /><br /><span style="font-size:85%;">Bibliografia:<br />- Teorias da Personalidade, Fadiman, J e Frager, R, 1979, Harbra<br />- Bíblia Sagrada, 2000, Nova Versão Internacional, Vida<br />- Carta suicida de Kurt Cobain<br /><br /></span><br /></div></span><blockquote></blockquote><blockquote></blockquote><blockquote></blockquote>Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-16824940681041337232009-11-24T07:33:00.000-08:002009-11-28T06:10:48.412-08:00I´m still around!Após meses de negligência, resolvi reativar esse blog. Para sorte/azar seu(ua)/meu(inha). Então aqui vai uma antologiazinha de algumas coisas que escrevi no decorrer desse ano... fiquem à vontade para comentar. Ou não.<br /><br /><br />A realidade de um mundo caído<br />O limite entre a graça e a eterna desgraça<br />Uma composição para ser lembrada<br />Trará à luz a verdade, e será tocada<br />Seus ruídos ensurdecerão ouvidos<br />Provocarão gritos de angústia e dor<br />O maldito perjúrio de uma boca envenenada<br />E lábios comidos por ratos<br />Essa será a canção dos tolos<br />E a espada que fere mil continua afiada<br />defende a vida de seu portador<br />O cálice da dor torturou o primeiro<br />O segundo gole inaugura a salvação.<br /><br />A dança das tragédias<br />Ao som da desgraça<br />É a ilusão de um mundo morto<br />Ludibriando a humanidade desprovida de sentido.<br /><br />...<br /><br />Repentinamente o tempo fez com que eu percebesse que não sei aquilo que acreditava saber (...) sou o objeto e o sujeito de algo denominado <em>vida. </em>Com a ajuda de Deus espero encontrar aquilo para que existo, todo propósito e sentido. (...) Vida e existência são palavras sem definição; sua praxe é banal, mas seu significado é profundo .<br /><br />...<br /><br />É nesse estado de completo caos que me lembro de uma simples palavra que parece trazer consigo a luz, o calor e o conforto que tanto busco: Amor.Bruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3693876060776527987.post-21412573197876631872009-05-01T06:12:00.000-07:002009-05-01T06:45:42.929-07:00Alguns aspectosHoje eu decidi escrever um pouco sobre a cultura cotidiana da Suécia.<br /><br />Na culinária podemos observar alguns elementos indispensáveis na mesa dos suecos, dentre os quais estão o pimentão e o pepino (desde o café da manhã até o jantar), a batata, ovos de galinha, leite (que eles costumam consumir sem achocolatado, puro ou misturado com café ou chá, e bebem inclusive durante o almoco e janta), o café (geralmente bem forte e sem acúcar), queijo, cenoura, macã. A carne aqui é muito, muito cara. Um pedacinho de carne de talvez uns 300g pode custar até o equivalente a R$ 50,00, entretanto a linguica, salsicha e afins são mais baratos. Eles têm um Kaviar, que eles utilizam bastante, que é bem salgado. O salmão é muito comum aqui, consumido principalmente defumado, e é delicioso.<br /><br />A sociedade aqui é mais equilibrada, sem desigualdades. Outro dia conversando com alguns suecos eles disseram que só é pobre aqui quem escolheu essa vida, no caso, entrando em vícios, mas ainda assim essas pessoas têm uma excelente assistência para recuperacão. Os salários aqui são muito parelhos, não existe (como no Brasil) aquela diferenciacão de classes pelo emprego. Uma empregada doméstica aqui (muito rara) ganha mensalmente 20.000,00:- que equivalem a uns R$ 5. 100,00. Um garcom de bar ganha em média uns 16.000:- (R$ 4.150,00). Isso é muito legal.<br /><br />Os suecos possuem altas taxas que pagam ao governo. Em média 30 a 40% do salário vão em impostos e taxas, e além disso os produtos essesnciais (comida, moradia) são bastante caros aqui. Mas ao menos essas taxas podem ser vistas como investimentos, uma vez que eles recebem muitos benefícios disso, como por exemplo as escolas aqui são ótimas e possuem refeicões (se não me engano hoje em dia são totalmente gratuitas, mas a uns anos atrás eram pagas com uma quantia bem simbólica). Além disso todo o atendimento médico e odontológico até os 18 anos e para gestantes é totalmente gratuito, incluindo cirurgias (um dos rapazes da minha família nasceu com um problema nas pernas e precisou fazer várias cirurgias, todas gratuitas; creio que no Brasil elas custariam anos em fila de espera ou algumas dezenas de milhares de reais).<br /><br />Os jovens aqui geralmente, ao terminar o ensino médio, não têm uma pressão para entrar na universidade (o ingresso se dá pelo desempenho no ensino médio). A maioria quer trabalhar em algum bar ou lanchonete e ganhar dinheiro para viajar, ganhar a independência o quanto antes, e depois eles vão pensar em faculdade. Isso pra mim é muito estranho, mas é interessante, pois no Brasil a pressão que temos se deve principalmente por não termos o requisito supracitado de um equilíbrio salarial, ou seja, para obtermos um bom emprego temos que estudar muito, e quanto mais cedo comecarmos, melhor.<br /><br />As pessoas aqui geralmente fazem o servico de casa. Limpeza, reparos, até mesmo a construcão da casa é feita por eles.<br /><br />A tendência é de as pessoas se tornarem cada vez mais ecologicamente corretas. Eles possuem muitos produtos <em>fair trade, ecológicos</em>, etc. Entretanto os suecos fumam muito, é algo impressionante.<br /><br />Bom, acho que por hoje é suficiente.<br /><br />Abracos a todos,<br />Saudades do Brasil<br /><br />BrunoBruno Bainyhttp://www.blogger.com/profile/02205778095752253299noreply@blogger.com5