Como já cantava a consagrada
banda inglesa Pink Floyd no final da
década de 70 “I have become comfortably numb...” (“Eu me tornei
confortavelmente insensível, cauterizado, vazio”). Ao que me parece, quanto
mais avançamos no tempo, essa é uma situação cada dia mais freqüente. A cada
dia que passa, a cada geração que surge, mais instrumentos anestésicos se
formam para insensibilizar toda a dor do ser humano. Isso por si só já é um
problema, pois a dor é um mecanismo importante de defesa da
vida; contudo, além disso, essa anestesia nos torna apáticos a todo o resto. E
nos conformamos, acostumamo-nos e até ficamos confortáveis com essa situação.
Prova disso são os crescentes usos e abusos de drogas lícitas e ilícitas,
remédios e meios de entretenimento, que 24h por dia nos distraem da dor, dos
sentimentos, dos conflitos, e nos levam a um ciclo que parece eterno (mas não
é) de fuga, de inconstância. Vivemos em movimento, a quietude nos incomoda. A
história comprova isso.
O livro de Eclesiastes fala muito
sobre isso. Seu assunto principal trata de como tantas coisas que tão
ansiosamente e angustiadamente buscamos não passam de uma “corrida atrás do
vento”. O próprio autor do livro, o rei Salomão, relata que por muito tempo se
dedicou a “buscar a alegria, as coisas boas da vida”: construiu casas, plantou
pomares, adquiriu bens, conquistou mulheres, entregou-se à embriaguez. Não
negou nada que seus olhos desejassem. Entretanto, concluiu que isso de nada lhe
servira; o melhor que conquistou foi uma porção de alegria passageira, e nada
mais.
O evangelho de Jesus Cristo propõe ao homem um encontro com o
Criador de todas as coisas, aquele que pode dar real significado à vida. O preço
que Jesus pagou ao morrer na cruz foi para nos libertar da nossa “maneira vazia
de viver, que por tradição herdamos de nossos antepassados”. Ele afirmou: “Eu
vim para que tenham vida plena”, e disse que ele jamais rejeitaria quem se
achegasse a ele. Sua graça vem ao encontro de nossos anseios mais profundos,
nossa busca por paz, por significado na vida, nosso desejo por justiça. Não
precisamos mais nos conformar ao vazio existencial! Hoje é o dia de se libertar
da anestesia, do vazio. Se tens dúvida sobre esse assunto, se queres saber
mais, estou à disposição através do endereço eletrônico bkbainy@hotmail.com .