segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Mais loucura...

Há um ponto eu que a lógica e a loucura se confundem, em que a razão se perde.
Quanto mais eu observo as coisas e reflito sobre elas tanto mais elas me intrigam, concedendo-me, simultaneamente, tanto vislumbres sobre a lógica do funcionamento das coisas (como a sociedade, o pensamento e inclinações humanos) e um sentimento de empolgação por compreendê-las, como uma sensação estranha (como a de estar em um labirinto), pois por mais que se pense parece que nunca se chega a uma conclusão objetiva, coerente e clara sobre a realidade da vida.
Esse sentimento estranho reduz em mim o conceito de vida e existência a um duplo status de dignidade e indignidade, que ainda não sei se são concorrentes e opostos entre si ou não, apesar de parecerem.
Tentando explicar melhor, digo dignidade pela compreensão que tenho de ser humano, dotado de valor, criado por Deus e digno de amor, respeito e manutenção da vida. O aspecto da indignidade é oriundo de uma atitude negativa do ser humano contra si mesmo, que poderíamos denominar pecado.
Vida e existência são palavras sem clara definição; sua práxis é banal, corriqueira, mas seu significado é profundo.
Essas constatações, apesar de não me permitirem ainda ter conclusões sobre aspectos da vida em si, me outorgam certa ousadia para afirmar que embora não entendamos muitas facetas da vida, é justo que a vivamos em parceria de fé com quem no-la deu: o próprio Deus, a quem devemos confiança e a condução da nossa vida. Dessa forma, aquilo que nossa mente não pode desvendar não permanece um mistério senão de fé, com o qual podemos ter paz, mesmo sem "ver", através dessa convicção que a própria fé nos dá.

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