O
psicanalista Sigmund Freud descreveu a dinâmica mental do ser humano
em termos de “tensão” e “alívio” - necessidades (de
naturezas diversas) que surgem e que trazem consigo o ímpeto para
sua satisfação. A sede, por exemplo, gera em nós o instinto de
buscar por alguma bebida. Quanto maior a sede, maior o esforço que
estamos dispostos a fazer para satisfazê-la. Tenho razões para
acreditar que a saúde mental de alguém inclui a forma com que lida
com essas tensões (ou ansiedades) e também a forma com que busca
aliviar-se. Evidentemente, quem consegue compreender sua própria
necessidade terá grande chances de supri-la de forma saudável e
bem-sucedida. Para o faminto “qualquer porcaria serve”, mas a
satisfação plena somente virá com uma refeição saudável e
equilibrada.
Agora,
o que isso significa para nós, na nossa busca diária? Os judeus da
época de Cristo buscavam vida eterna. Jesus lhes disse: “Vocês
estudam cuidadosamente as Escrituras, porque pensam que nelas vocês
têm a vida eterna. E são as Escrituras que testemunham a meu
respeito; contudo, vocês não querem vir a mim para terem vida”
(João 5:39,40). Eles sabiam o que queriam, e estavam procurando no
lugar certo, porém seu ceticismo não permitiu a eles perceberem que
aquele que poderia satisfazê-los estava bem à sua frente. Muitos
buscam paz, amor, alegria, vida plena, aceitação, estão dispostos
a subir aos céus e a descer até o inferno, a sacrificar-se, a
destruir-se, a entregar-se a loucuras e perigos. Mas não conseguem
(ou não querem) crer que Jesus pode oferecer tudo isso e muito mais,
em um pacote só, em si mesmo. Ele é o caminho para Deus, é a Vida
Eterna que estava com Deus e nos foi manifestada. Mas nós não
queremos ir a ele para receber vida. Ao invés, nos subjugamos a uma
vida pela metade. A vida plena começa no momento em que
compreendemos que Deus nos ama, e que por nos amar ele enviou seu
único filho para que por ele vivamos.
Tudo
o que escrevo vem de experiência própria! Não preciso mais
(sobre)viver de lixo, de restos e porcarias – em Cristo sou
alimentado com um verdadeiro banquete! “Como é precioso o teu
amor, ó Deus! Os homens encontram refúgio à sombra das tuas asas.
Eles se banqueteiam na fartura da tua casa; tu lhes dás de beber do
teu rio de delícias. Pois em ti está a fonte da vida; graças à
tua luz, vemos a luz” (Salmos 36:7-9). Jesus é o mesmo ontem, hoje
e eternamente, e o convite que ele fez aos judeus de dois mil anos
atrás ecoa para nós hoje: “Se alguém tem sede, venha a mim e
beba” (João 7:37).
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